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25/10/2010

Dia da Engenharia Alemã discute novas tecnologias e crescimento sustentável

        Promovida pela VDI (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), em parceria com a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e a Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo, a comemoração aconteceu em 21 de outubro, no Club Transatlântico, em São Paulo.
        O evento contou com a participação de especialistas nacionais e internacionais que apresentaram exemplos da contribuição alemã no desenvolvimento sustentável do Brasil nas áreas de papel e celulose e construção civil e inovações que impulsionam o mercado atual.
        Durante a cerimônia de abertura, o presidente da VDI, Edgar Horny, ressaltou que a comemoração comprova o sucesso da cooperação tecnológica entre os dois países, além de abrir espaço para troca de informações e conhecimento. 
        Nesse contexto, o vice-ministro de Transportes, Construção e Desenvolvimento Urbano da Alemanha, Rainer Bomba, salientou que os dois países podem trocar experiências em vários setores. Entre as áreas de maior interesse dos alemães, destaque para energia renovável. Segundo Bomba, motores a combustão serão utilizados pelos próximos 30 ou 40 anos, mas é necessário pensar em formas alternativas de geração de energia para a proteção climática. “Temos grande interesse no know-how do bioetanol brasileiro”, mencionou.
        Ganho para os brasileiros na área de infraestrutura. Conforme Bomba, os alemães vão elaborar um projeto de alta engenharia para melhorar a acessibilidade e o trânsito no Porto de Santos. 
        A solução leva em consideração a questão da sustentabilidade e prevê a construção de túneis para ligar as duas partes do terminal portuário que também serão conectados ao sistema ferroviário e rodoviário para garantir o escoamento rápido das mercadorias. “O Porto de Santos será um dos maiores do mundo e o primeiro sem emissão de CO2”, projetou. 
        Ainda sobre o tema, o vice-ministro germânico enfatizou que apenas com investimentos em infraestrutura será possível acompanhar o rápido crescimento econômico do Brasil. E que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão trazer boas oportunidades para a geração de empregos e desenvolvimento. 
        Bomba acredita que a Alemanha tem muito a contribuir nesse processo, já que foi sede do evento mundial de futebol em 2006. “Com a nossa experiência vamos ajudar o Brasil a aproveitar essa oportunidade”, salientou.

 


Edgar Horny, presidente da VDI, Rainer Bomba, vice-ministro de Transportes, Construção e Desenvolvimento Urbano da Alemanha, Murilo Pinheiro, presidente do SEESP e FNE, Dr. Willi Fuchs, vice-presidente da VDI-Alemanha, Matthias von Kummer, cônsul geral da Alemanha em São Paulo e Weber Porto, presidente da AHK São Paulo e da Evonik Degussa Brasil.

 

        Presente na ocasião, o presidente do SEESP e da FNE, Murilo Pinheiro, destacou a importância do evento que contribui para o avanço da tecnologia brasileira. Ele enfatizou a satisfação de ter a VDI como parceira na discussão dos assuntos pertinentes ao crescimento do País, mas principalmente na criação da IES (Instituição de Ensino Superior), que será voltada à inovação e que formará profissionais especialistas nas áreas que as indústrias mais anseiam. “Temos que saudar os nossos parceiros alemães pela satisfação de aprender, de debater o desenvolvimento e de fazer do nosso País uma nação mais justa, tecnologicamente assistida e com projeção para o futuro”, concluiu. 
        Para Matthias von Kummer, cônsul geral da Alemanha em São Paulo, o SEESP está no caminho certo ao criar uma Instituição de Ensino própria voltada à inovação. “Os dois países precisam de engenheiros qualificados. Apoiamos a iniciativa.” 
        Ele destacou a capacidade de inovação da engenharia alemã que assegura as empresas 11% das patentes internacionais e chamou a atenção para o desenvolvimento de uma política consistente na área tecnológica e cambial do Brasil. “Apesar do sistema brasileiro de ciência e tecnologia ter avançado bastante é preciso investir mais. Temos que transformar a ciência em bem-estar”, acrescentou. 
        Já o Dr. Willi Fuchs, vice-presidente da VDI-Alemanha, disse que a entidade está disposta a enriquecer a educação e que a parceria com a FNE serve para consolidar esse processo. 
        Seguindo o mesmo raciocínio, Weber Porto, presidente da AHK São Paulo e da Evonik Degussa Brasil acrescentou que o potencial de crescimento do Brasil é claro, mas que o país terá que pagar o preço. “O principal gargalo está na falta de recursos humanos. Temos que achar formas de melhorar a qualificação dos nossos engenheiros.” 
        O evento contou ainda com várias palestras, entre elas, a fabricação ecológica do papel e celulose, ministrada por Dr.Hans-Peter Sollinger, da Voith Paper, Simone Nagai, diretora de relações corporativas da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel) e Sérgio Amoroso, presidente do Grupo Orsa.
        Outro assunto abordado foram as possibilidades no relacionamento científico e econômico Brasil-Alemanha, apresentado pelo presidente da AHK São Paulo.
        No terceiro painel, os palestrantes Prof.Dr. –Ing. Rainer Hirschberg, da Aachen University of Applied Sciences e Ulrich Ostertag, presidente da Bayer Material Science para América Latina, discorreram sobre eficiência energética e sustentabilidade na construção civil. 
        O último tema ficou por conta do tecnologista sênior no Instituto de Aeronáutica e Espaço do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), Dr.Paulo Moraes Jr., que falou sobre as conquistas e os desafios de estudar na Alemanha.

 

 

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