Canteiro

STJ condena banco por juros abusivos

Centenas de ações movidas por correntistas contra instituições bancárias no País têm alcançado vitória, em primeira instância e nos tribunais superiores, ao questionar a cobrança de juros capitalizados nos contratos de cheque especial. Tal prática, segundo conclusão da 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), é indevida. 

Conforme o advogado Nelson Noronha, especialista em direito bancário, com escritório conveniado ao SEESP, o STJ deu ganho de causa a uma cliente que entrou na Justiça contra o Banco do Brasil, aplicando multa de 1% sobre o valor da dívida. Ela ingressou com ação de revisão contratual, combinada com compensação de créditos, restituição de indébito, nulidade cambial e de cláusulas contratuais contra o banco. A cliente, conta Noronha, para saldar seu débito com o banco, havia aderido ao contrato de abertura de crédito fixo, com previsão de juros de 5,5% ao mês, sobre a média mensal dos saldos devedores diários na conta empréstimo. Previa-se, em caso de inadimplência, a substituição dos encargos por comissão de permanência, mais juros e multa contratual de 10%. Para o advogado, “a solução apresentada pelo banco aumentou o desequilíbrio contratual, causando a inadimplência”.

Para resolver o impasse, o STJ sentenciou que sejam cobrados pelo banco juros de 12% ao ano, bem como exclusão da capitalização mensal dos juros e da comissão de permanência. Também determinou aplicação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) na correção do débito e redução da multa contratual para 2%, que incidirá a partir do débito inicial, devendo haver compensação do valor pago pela correntista ao banco.

 

 

SEESPrev é a garantia de um futuro melhor

O SEESP está oferecendo aos seus associados e familiares o SEESPrev, o fundo de pensão dos engenheiros. O único no País direcionado à categoria, com a segurança do Governo Federal e a gestão financeira do Banco do Brasil. Faça já a sua inscrição e comece a planejar o seu futuro. Informações pelo telefone 0800-611112 ou no site www.seesp.org.br.

 

Justiça reduz ISS a ser recolhido pelos engenheiros

Com a edição da Lei nº 13.476/02, regulamentada pelo Decreto nº 43.836, de 7 de fevereiro de 2003, os engenheiros que prestam serviços no município de São Paulo se viram obrigados a recolher, a título de ISS (Imposto sobre Serviços) individual, a importância de R$ 600,00, um valor 196,23% superior em relação ao que era então cobrado. No caso de sociedade de profissionais, o aumento foi ainda maior: 492,47%, totalizando R$ 1.200,00 por sócio.

Dada a majoração abusiva, o SEESP impetrou mandado de segurança contra a diretoria do Departamento de Rendas Mobiliárias da Secretaria Municipal de Finanças. Pleiteou, assim, a declaração de invalidade da Lei 13.476/02 e, conseqüentemente, a suspensão dos valores relativos nessa norma. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casorelli julgou procedente a ação. Assim, passa a valer ao associado o custo anterior: R$ 202,54. Maiores informações no Departamento Jurídico do SEESP, pelo telefone (11) 3113-2660.

 

 

SEESP participa de encontro técnico

O presidente do Sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, participou da abertura do XV Encontro Técnico de Saneamento. Realizado entre 5 e 7 de agosto no Centro de Exposições do Center Norte, o evento promovido pela Aesabesp (Associação dos Engenheiros da Sabesp) discutiu assuntos relativos à política de saneamento e contou com apresentações técnicas. No encerramento, representou o SEESP o seu vice-presidente João Carlos Gonçalves Bibbo.

 

 

Governador alega impedimentos à concessão de reajuste aos engenheiros

Em entrevista ao Jornal do Engenheiro, via e-mail, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, alegou que as despesas com pessoal e encargos sociais estão no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa estabelece que tais gastos não podem ultrapassar 49% de sua receita líquida. “Estamos com 48,51%”, disse o governador. Há divergências nos cálculos que levam a esse percentual. Os engenheiros afirmam que o aumento na folha de pagamento do funcionalismo não teria impacto superior a 0,13% e seria perfeitamente possível, uma vez que as despesas estão “em torno de 48%”.

Hoje, um trabalhador da categoria em início de carreira ganha R$ 840,81. Pela Lei nº 4.950-A, que regulamenta o piso profissional do engenheiro, o vencimento inicial deveria equivaler a R$ 2.040,00. Contudo, o governador alega que resolução do Senado Federal suspendeu, “por inconstitucionalidade”, a execução dessa lei em relação aos servidores públicos sujeitos ao regime estatutário. “A Procuradoria Geral do Estado firmou o entendimento de que a legislação federal editada para regulamentar salário de categorias profissionais não abrange os servidores estatutários, contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho.” Ele afirmou que “na medida do possível e afastados os impedimentos legais, iremos recompondo os salários da categoria”.

No dia 6 de agosto, em audiência com a assessora do secretário do Governo, Evelyn Levy, os engenheiros foram informados de que o reajuste tão esperado dependerá de aumento na arrecadação. Ainda para tratar do assunto, nova audiência estava marcada para dia 13, dessa vez com o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Antônio Duarte Nogueira, nomeado interlocutor do Governo junto a esses trabalhadores. Continua a mobilização dos profissionais da categoria na luta por reajuste salarial.

 

 

Eventos acontecem neste mês em Jacareí

A Delegacia Sindical do SEESP na cidade promove no dia 19 de agosto, a partir das 19h30, palestra sobre proteção nas instalações elétricas. Apresentada por técnicos da Pial Legrand, não tem custo, nem limite de vagas. Também neste mês, no dia 23, acontece na Delegacia o curso “Licenciamento ambiental de postos de gasolina”, das 9h às 17h, cujo preço ao associado ao SEESP é de R$ 20,00 e ao não-filiado, R$ 70,00. São apenas 30 vagas. Detalhes pelo telefone (12) 3952-4840.

 

 

Campanha salarial

Cesp – Em assembléias realizadas em todo o Estado, no dia 18 de julho, os engenheiros aprovaram a proposta da empresa. Essa abrange, entre outros itens, antecipação salarial de 10% a partir de 1º de junho, a ser compensada no índice que será negociado em novembro; manutenção da data-base em 1º de junho e reajuste de benefícios de 10%.

CTEEP – Também nessa companhia, os profissionais da categoria aprovaram em assembléias no dia 18 de julho sua proposta. Entre os tópicos estão: reajuste salarial de 14,74%, sendo 10% retroativos a 1º de junho e os restantes 4,31% a partir de 1º de novembro; piso de R$ 2.300,00, gratificação de férias e manutenção de 100% do quadro de pessoal efetivo até 31 de maio de 2004.

Codesp – Em julgamento de dissídio no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), determinou-se a concessão aos engenheiros de reajuste de 17% sobre os salários e benefícios, além da manutenção das cláusulas existentes no acordo coletivo.

Telefônica e CPTM – Em ambas empresas, foi entregue a pauta de reivindicações e aguarda-se o início das negociações. A data-base é 1º de setembro.

 

 

Fórum Social Brasileiro acontece em novembro em Belo Horizonte

Entre os dias 6 e 9 daquele mês, a capital mineira será sede do 1º Fórum Social Brasileiro. O País, a exemplo de outras nações, agora também passa a ter um espaço que integra a estratégia de regionalização do Fórum Social Mundial. O objetivo principal é estimular o debate de questões locais, além de simplificar a formulação de alternativas à globalização neoliberal. Organizado pelo Conselho Brasileiro do Fórum, o evento terá como eixos principais os temas “Imperialismo” – que abrangerá discussões sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) –, “O Brasil que temos e o Brasil que queremos” e “Movimentos sociais”. Mais informações no site www.fsb.org.br.

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