PRESTAR CONCURSO É OPÇÃO PARA ENGENHEIROS

Aos que almejam uma carreira pública, há diversas possibilidades nas esferas municipais, estaduais ou federal. Quem garante é José Luis Romero Baubeta, diretor da Central de Concursos, um dos locais que oferecem cursinhos preparatórios a quem deseja prestar concursos. Segundo ele, as principais oportunidades para engenheiros estão nas áreas fiscal e tributária, para trabalhar na Receita Federal, na Previdência Social, no Ministério do Trabalho ou na Secretaria da Fazenda. Embora não sejam típicas da profissão – a única exigência é que o candidato à vaga tenha nível superior –, de acordo com Romero, 42% dos inscritos em concursos destinados a essas são formados em Engenharia. “Os salários variam de R$ 3,6 mil a R$ 4 mil em início de carreira e podem chegar a R$ 12 mil no final. Contudo, a busca não é apenas por remuneração, mas por status, aposentadoria integral e principalmente estabilidade no emprego”, avalia.

Alternativas
Outra opção é como analista do Banco Central, com vagas no Rio de Janeiro e em São Paulo e salário de cerca de R$ 3,5 mil. E especialmente aos profissionais da área química, como peritos da Polícia Federal, com vencimento inicial de mais de R$ 7,5 mil.

Conforme ele, aos que desejam exercer funções técnicas tradicionais, uma alternativa é tentar brigar por um cargo na Petrobrás. A companhia com freqüência efetua processo de seleção e recentemente encerrou as inscrições para o próximo concurso, a ser realizado em breve. Esse visa preencher 1.505 vagas para início imediato e 360 para cadastro de reserva. Mais de 900 delas destinam-se especificamente a engenheiros, com salários em torno de R$ 2 mil para começar.

Para ser aprovado no exame e seguir carreira pública não há segredo. Na opinião de Romero, preparar-se bem é o único requisito a ser cumprido e 100% dos que o fazem conseguem alcançar tal objetivo. Segundo o diretor da Central de Concursos, as chances são boas porque, além do alto índice de desistência – de 30% a 40% –, geralmente apenas 7% ou 8% dos que vão efetuar a prova estão aptos a obter a nota mínima de corte. Para a área fiscal, isso significa ter aproveitamento acima de 70%. “O ideal é realizar um bom curso preparatório, começar a estudar com antecedência”, enfatiza.


Seleção democrática
Na visão de Romero, portanto, depende somente do conhecimento do candidato exercer função em empresas ou órgãos municipais, estaduais ou federais. “A forma de seleção é democrática, não há discriminação de sexo, raça, cor, idade, religião, classe social. Não se exige experiência anterior, condução própria, ser desembaraçado ou simpático”, assegura.

Quanto a eventuais fraudes em concursos ou às propaladas indicações para alguns cargos, Romero acredita que nunca foram regra e hoje menos ainda, até porque os contribuintes se tornaram mais exigentes quanto a resultados. “Quem prepara provas para concursos públicos são as mesmas instituições que as fazem para vestibulares como a Fuvest. São empresas sérias. Havendo alguma coisa errada, o que raramente acontece, acionam-se os órgãos competentes, os responsáveis são punidos e é dado novo exame para todos. Podem falar também que não chamam em concurso, mas não é verdade. No espaço de validade temporal – uma vez que há vagas para início imediato e outras para cadastro de reservas – quem estiver na lista de aprovados é convocado.”

Precavidos, os engenheiros geralmente investigam antes. “Eles vêm à Central de Concursos assistir a uma palestra grátis, aliás para esses profissionais ministrada por um de sua área que atua na carreira pública, fazem um monte de perguntas nos 120 minutos de duração e depois vão à própria repartição e checam todas as informações, o que é muito bom.”

Mediante convênio entre o SEESP e a Central de Concursos, os engenheiros têm descontos nos preços dos cursos preparatórios para concursos de nível médio ou superior, básicos ou específicos. São quatro opções de horários de aulas, inclusive nos finais de semana. Além disso, o instituto oferece gratuitamente palestras informativas. E, a quem busca inserção no mercado de trabalho, cursos de Recolocação Profissional, também sem qualquer custo e com certificado, que incluem técnicas para a entrevista de seleção, como elaborar o currículo e negociar salários e benefícios. “Esses ocorrem mensalmente, têm 6,5 horas de duração e abordam também a colocação na carreira pública”, conclui Romero. Informações sobre concursos públicos abertos em todo o País podem ser obtidas na página www.centraldeconcursos.com.br.

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