CURVAS ASSASSINAS

Ao entrar em uma curva, galopando, o cavalo, por instinto, inclina-se para dentro da mesma, para não sair pela tangente (ele é cavalo, mas não é burro). No caso de um automóvel, a solução é a sobrelevação, conforme página na Internet (www.seam.org.br). No Brasil, os "luminares" desprezam a sobrelevação das curvas, por isso, o Denatran informa que, em 1997, houve 533.655 desastres no País, com 8.100 mortos. Mais: 13,75% aconteceram nas curvas. Aqueles que dizem tratar da segurança no trânsito dão uma de avestruz, embora essa atitude signifique milhares de mortos. Só tratam da segurança veicular e fingem desconhecer a "curvicular". Neste ano, o Governo da Suécia lançou o plano "Vision Zero", determinando que as curvas tenham projeto geométrico.

É o que eu proponho no Brasil há 30 anos. (...) Corrigi em São Paulo, de 1992 a 1996, apenas 20 curvas assassinas. Somente em quatro delas (Túnel do Pacaembu; Ponte Ary Torres; Av. 23 de Maio e Av. Marginal do Tietê) consegui evitar mil desastres. Segundo dados do Banco Mundial e da "Global Road Safety", o Brasil perde anualmente US$ 10 bilhões devido a acidentes.

No caso do submarino russo, por não quererem o auxílio de países do 1º Mundo, morreram 118 jovens. No Brasil, por não aceitarem minha colaboração, milhares de inocentes vão morrer nas curvas assassinas (...).

Prof. Adervan Machado
São Paulo/SP

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