NOVA DIRETORIA DA ASSEF TEM O DESAFIO
DE LUTAR PELA EXISTÊNCIA DA ENTIDADE

O presidente da Assef (Associação dos Engenheiros Ferroviários no Estado de São Paulo), Fadel Jacob Fadel, no comando da entidade desde janeiro último, tem a sua frente um desafio claro: aumentar o número de associados, reduzido pela metade por conseqüência da diminuição do quadro de funcionários da ex-Fepasa. Outra missão é manter a união e o espírito que marcam a associação desde que foi fundada, em maio de 1954, pelo engenheiro Walfredo Rebello de Albuquerque, falecido em 14 de dezembro último.

A gestão anterior foi marcada por dificuldades decorrentes da federalização da Fepasa, então estatal. Sua grande conquista, sob o comando do engenheiro Luiz Edson de Castro Filho, foi evitar a extinção da entidade. "Recebemos a associação viva e agora temos que fazê-la crescer adaptada à realidade de uma empresa privatizada", lembrou Fadel. Para que isso ocorra, a estratégia é procurar os engenheiros hoje na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na Ferroban, os aposentados que não são mais sócios e outros profissionais que desempenhem funções em empresas com características ferroviárias. Com isso, acredita que restabelecerá boa parte do antigo quadro de filiados.

Uma linha de ação é ter um meio de comunicação, criando um boletim informativo. "Essa troca é vital para os associados estarem sempre por dentro do que está acontecendo no meio ferroviário e na Assef", considerou.

Fadel afirmou que a associação está procurando formas para urbanizar a antiga Estação Ferroviária de Suarão, região onde está localizada a sua Colônia de Férias. Para tanto, pretende mobilizar a Associação Comercial de Itanhaém, para que faça com que a Prefeitura local aproveite o espaço físico da estação, tirando-a do atual estado de abandono. "Pode ser um posto policial ou de saúde. Será um benefício tanto para os associados como para a comunidade local", observou Fadel.

Participar intensamente de atividades de outras entidades também faz parte das diretrizes traçadas. Com o SEESP, a associação já tem uma parceria consolidada. Agora pretende junto ao Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo) buscar uma forma de auxiliar os filiados que necessitam recolher a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Esperançoso que a situação dos ferroviários melhore, Fadel disse que a diretoria "está torcendo para a privatização dar certo de modo que todos sejam beneficiados, mas, por enquanto, isso é apenas um anseio".

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