INTOLERÂNCIA E DESINFORMAÇÃO

Estarrecedor o bárbaro assassinato cometido na Praça da República, na região central da Capital, no dia 6 último. Por "parecer homossexual", conforme confessaram seus algozes, o adestrador de cães Edson Neris da Silva foi espancado até a morte por um grupo de garotos neonazistas. Movidos por ódio, prepotência e falta de compaixão, esses jovens levaram às últimas conseqüências a exclusão social pelo preconceito e tiraram a vida de um ser humano.

Se o surgimento de uma liderança de extrema direita na Áustria choca a humanidade, ainda mais desconcertante é esse tipo de mentalidade no Brasil. Num país mestiço por excelência e formação, que tem na diversidade o que há de melhor na sua cultura, não cabe tal ideologia. Aliás, os próprios skinheads tupiniquins, muitos com ascendência negra e oriundos da Região Nordeste, seriam ótimos candidatos a virar sabão num campo de concentração, se a tese que professam voltasse a ter ressonância no mundo.


Eng. Maria Célia Ribeiro Sapucahy
Diretora do SEESP

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