INSTITUTO DE ENGENHARIA REALIZA MAIS 
400 EVENTOS TÉCNICOS TODOS OS ANOS

Voltado para as questões técnicas e desenvolvimento da Engenharia, o IE (Instituto de Engenharia) tem cerca de 64 representantes nas diversas Comissões e Colegiados do Município e do Estado. "Iniciamos o Movimento da Qualidade e Produtividade, depois o Movimento da Competitividade; agora, a idéia é oferecer ao governo do Estado de São Paulo um PPD (Plano Paulista de Desenvolvimento)", informou Cláudio Amaury Dall’Acqua, presidente do IE.

Também foram feitas diversas parcerias com entidades da construção civil para realização de eventos com instituições de outros países, como Itália, França, Canadá, Cuba, Espanha e Argentina. Atualmente, o Instituto de Engenharia está desenvolvendo um trabalho com a Febrae (Federação Brasileira das Associações de Engenheiros) para estimular "uma visão panamericana" da engenharia e tecnologia. "Excetuando-se Estados Unidos e Canadá, o Brasil é o país mais importante das Américas; portanto, uma federação nacional que congrega Associações de Engenheiros tem que ocupar seu lugar para poder ajudar os países vizinhos", justificou.

Dall’Acqua assumiu a Presidência do IE em 1997, foi reeleito em 1999 e finda o seu mandato em março de 2001, quando pretende que seu sucessor encontre a entidade organizada e profissionalizada. Presentes aos eventos a que são convidados, os representantes do IE têm participado, opinado e contribuído com soluções, pareceres, consultas e seminários para os diversos segmentos da Engenharia, principalmente os ligados aos governos municipal e estadual.

Com tantos planos, Dall’Acqua acredita que as perspectivas para o ano 2000 sejam boas, "se o governo tiver a cabeça no lugar e fizer as reformas que o Brasil precisa", principalmente a Tributária e a Previdenciária. "Isso é fundamental para equilibrar a possibilidade das empresas e dos profissionais se desenvolverem, porque estão sobrecarregados de tributos e com poucas oportunidades. Com um mercado recessivo, não há desenvolvimento e com isso não existe engenharia. E temos que concentrar esforços no jovem, pois essa geração que está saindo das universidades não pode ficar frustrada com esse mercado, com a possibilidade de recessão", alertou.


Atuação eficiente
O Instituto de Engenharia, atualmente funcionando no bairro do Ibirapuera, na Capital, tem cerca de 6.800 associados, mas já chegou a ter 12 mil no final da década de 80. Para Dall’Acqua, a redução aconteceu por dois motivos. "Primeiro, a desapropriação de nossa antiga sede no Palácio Mauá, na região central, gerou um desestímulo aos engenheiros. Depois, o fisiologismo do Sistema Confea/Creas, que criou indiscriminadamente Associações de Engenheiros no interior do Estado, dispersou a participação",  analisou. Para ele, esse quadro precisa mudar para que as associações de caráter voluntário possam ter uma visão mais abrangente da Engenharia e uma atuação menos paroquial. "Isso não é uma crítica, é uma constatação, pois a grande base do conhecimento da discussão tecnológica, de apoio à comunidade, de projetos de governo, de Engenharia e de desenvolvimento é feita no IE." O Instituto está disposto a fazer parcerias com as associações, visando contribuir com o profissional e com o desenvolvimento da Engenharia e da carreira tecnológica de cada um. Para tanto, já montou um sistema de cursos, disponibilizando professores para levar ao interior. As associações interessadas precisam ter no mínimo de 15 a 20 alunos e contatar a Diretoria de Cursos do IE.

Em relação ao SEESP, Dall’Acqua disse que tem trocado idéias com Paulo Tromboni de Souza Nascimento, presidente do Sindicato, a fim de definir claramente as ações de ambas as entidades. "A idéia é evitar que sejam repetitivas para que possamos, de forma eficaz, atuar na linha de nossos interesses específicos. Assim, os dois estarão somando suas iniciativas em benefício dos profissionais. O IE é o órgão de defesa da sociedade, quem tem que defender o engenheiro é o Sindicato", ressaltou.

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