Renovação


Tempo de mudanças no Crea-SP

Salata vence disputa pela vice-presidência do Crea e se propõe a atuar pela melhoria do atendimento aos profissionais. Justiça libera a apuração dos votos para conselheiros federais de São Paulo.


Em sessão plenária no dia 28 de janeiro último, o Crea-SP realizou a eleição e a posse de sua diretoria, com mandato até 31 de dezembro de 1999. O engenheiro Luiz Antônio Moreira Salata, apoiado pelo SEESP e Instituto de Engenharia, é o novo 1º vice-presidente da entidade. De um total de 180 participantes no pleito, ele obteve o voto de 92, contra 80 para o representante da situação. E assegurou: "Como diretor, vou priorizar os compromissos que assumi com os profissionais, como valorizá-los, fazer com que eles sejam bem-atendidos quando procurarem os postos de serviços e a sede do Crea, recuperar a credibilidade do Conselho, intensificar a fiscalização na Grande São Paulo e no interior." Apesar do mandato ser de apenas um ano, ele acredita que conseguirá promover mudanças na política de administração do órgão durante a sua gestão. "Estarei contribuindo para melhorar o sistema. Não serei um diretor ausente, mas um que exerça efetivamente suas atribuições", afirmou.

O engenheiro João Oliva, representante do Instituto de Engenharia, que candidatou-se a primeiro secretário, também com o apoio do SEESP, e, embora não tenha saído vitorioso, até porque seu nome foi lançado tardiamente, obteve expressiva quantidade de votos (77), avaliou: "O Salata representa uma vontade política de mudanças e vamos ajudá-lo, enquanto entidade e colegas, para que ele possa ter sucesso frente a esse cargo importante." Porém, na sua opinião, não está apenas em suas mãos efetuar modificações, mas de toda a diretoria. "Ela precisa ser sensível o suficiente para mudar, para ter um redirecionamento e vir ao encontro das expectativas dos profissionais, de modo que o Conselho não fique como uma entidade cuja única palavra válida é daquele grupinho que quer monopolizar as ações da sua administração."

Quanto ao processo eleitoral, ele ressalvou: "Gostaríamos que tivesse havido um pouquinho mais de debate das idéias das candidaturas propostas e isso não ocorreu. O Conselho ainda carece de uma regulamentação mais democrática nesse sentido."

Câmaras do Crea-SP

Nas oito câmaras do Crea-SP, consideradas a segunda instância deliberativa após o plenário, estão sendo escolhidos os coordenadores. Na de Engenharia Elétrica, o engenheiro Henrique Monteiro Alves foi reconduzido ao cargo. Um reconhecimento ao seu desempenho, que agora será complementado: "Fizemos em 1998 um trabalho de previsão orçamentária para que a câmara pudesse atuar com um pouco mais de folga do ponto de vista financeiro, e pretendo fazer neste ano, junto com o coordenador adjunto, João Oliva, novamente esse planejamento. Temos pela frente um trabalho de fazer todas as instruções internas da câmara e tentar eliminar todos os processos atrasados, bem como deixar em dia os que chegam. Além disso, quanto à organização interna, o objetivo é modernizar nosso sistema de arquivo, para facilitar a consulta e o acesso a todos. Estamos ainda empenhados em aprovar o ato que disciplina e agiliza a emissão do acervo técnico, um atestado de competência do profissional que está cada dia com credibilidade maior no mercado."

Como primeira iniciativa logo após ser empossado, Henrique enviou carta às associações responsáveis pela liminar que suspendeu a apuração das eleições para conselheiros federais em São Paulo, solicitando, em nome da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica, que retirassem o processo. Isso porque tal instância "entendeu que o impedimento judicial resultante da ação movida trará enormes prejuízos aos profissionais de São Paulo...".

O pleito já aconteceu também em outras câmaras. Na de Agronomia, foram empossados os coordenadores Ricardo Antonio Arruda Veiga e Serafim Rodrigues (adjunto); na de Agrimensura, Emílio Benedicto Gouveia Fares e João Umberto Bombarda Giordano; e na de Engenharia Civil, José Luís Martines Morales e Celso Atienza. Restam as câmaras de Química e Alimentação, Arquitetura, Geologia e Minas e Mecânica e Metalurgia.

 

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