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Editorial - Inovar rumo ao desenvolvimento

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Um aspecto essencial do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”  é a ênfase dada à importância da ciência, tecnologia e inovação na busca de um projeto de crescimento para o País. O tema, que faz parte da proposta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) desde o seu lançamento, inicialmente não constava do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) proposto pelo governo. A falha foi corrigida após ter sido apontada pela nossa federação e C, T & I entraram na agenda da expansão econômica. Passados nove anos do lançamento do “Cresce Brasil” e oito de vigência do PAC, o País experimentou um ciclo positivo de expansão de investimentos, geração de emprego e aumento da renda do trabalhador, mas se vê hoje novamente diante de uma crise econômica – agravada pelas turbulências políticas –, para a qual ainda não se vislumbra saída.

Nós, os engenheiros brasileiros, que temos entre nossas bandeiras essenciais o desenvolvimento nacional, vimos defendendo que o enfrentamento da situação não se dê de forma a desestimular a produção. Não nos parece que a velha e surrada fórmula de buscar agradar ao mercado financeiro vá nos garantir a superação das dificuldades. Até agora, as altas taxas de juros não serviram para reduzir a inflação, e o ajuste fiscal vem se mostrando inútil diante do aumento do serviço da dívida.

Pelo contrário, é preciso agir para assegurar a sustentação da economia real do País e, principalmente, o emprego dos brasileiros. Isso era verdade em 2006, quando ousamos afirmar que seria possível alcançar um incremento do Produto Interno Bruto (PIB) da ordem de 6% ao ano, e continua valendo hoje, apesar das dificuldades internas e do grave cenário global. Na mesma lógica, é essencial que mantenhamos na nossa pauta a importância de se investir em C, T & I, pois é necessário não só recuperar a indústria brasileira, que sofre um precoce encolhimento, como torná-la competitiva.

Nossa convicção quanto a isso traduz-se de forma concreta na criação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), que tem como entidade mantenedora o SEESP, e deu início neste ano ao primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação. A meta é, lançando mão de uma proposta de aprendizagem avançada, formar profissionais multiespecialistas que, independentemente da área em que atuem, estejam aptos a inovar, seja como empregados ou à frente de empreendimentos próprios. O esforço de pesquisa e desenvolvimento feito nas universidades segue sendo essencial e precisa ser ampliado. No entanto, é importante também que essa dinâmica esteja presente de forma decisiva nas empresas, inclusive nas micro e pequenas. Esse é o caminho para se produzir mais e melhor e aumentar a lucratividade.

Nesse pacote está incluída a necessidade de se qualificar e valorizar a mão de obra, bem ao contrário do que defendem alguns, para quem o caminho da lucratividade é a precarização. Portanto, é impreterível também que haja um sistema estabelecido de educação continuada aos profissionais. Uma proposta interessante nesse sentido foi elaborada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), entidade que também congrega os engenheiros brasileiros e atua fortemente pela construção de um país desenvolvido, justo e soberano.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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