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EDITORIAL - Rumo à redução da jornada

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       A mobilização pelas 40 horas semanais continua firme na pauta do movimento sindical e está no topo das prioridades dos trabalhadores. Após uma vigília no início de fevereiro, as centrais organizaram nova ida a Brasília, nos dias 23 e 24, para sensibilizar os deputados a votarem a PEC 231-A/95, que prevê a diminuição da jornada constitucional, hoje de 44 horas. Reivindicação já antiga, encolher a duração do expediente trará inúmeras vantagens, como já afirmado e divulgado por diversos especialistas. A resistência mora ainda em setores do empresariado que equivocadamente não conseguem enxergar os avanços sociais como seus aliados.
        À posição da Fiesp (Federação das In­dústrias do Estado de São Paulo), se­gundo a qual a mudança não seria boa para o País e sequer para os trabalha­dores, já houve resposta do Dieese (De­partamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
       Para a instituição, a jornada de 40 ho­ras, associada à restrição de horas ex­tras, pode criar mais de 2,5 milhões de em­pregos. Em nota publicada no dia 11 de fevereiro, lembra os diversos be­nefí­cios que seriam gerados pela mudança: “A combinação de to­dos os fatores desencadeados pela redução de jornada, sem redução de salários, pro­voca a geração de um cír­culo virtuoso na economia, combinan­do a amplia­ção do emprego, o aumen­to do consu­mo interno, a elevação dos níveis de produ­tividade do trabalho, a melhoria da competitividade do setor produtivo, a redução dos acidentes e doenças do trabalho, a maior quali­fi­cação do traba­lhador, a elevação da ar­recadação tri­butária, enfim, um maior crescimento econômico com melhoria da distri­bui­ção de renda.” Avalizados por um órgão com autoridade técnica para falar sobre o assunto, os argumen­tos seguem tam­bém o senso comum.
       Apesar das dificuldades, a batalha ten­de a ser vencida pelas forças progres­sis­tas. Uma sinalização positiva foi da­da pelo presidente da Câmara, Michel Te­mer, que, como contraproposta à reivin­dicação do movimento sindical, apresen­tou a ideia da redução para 42 horas até 2012. Ainda não é o almejado, mas nos coloca no rumo desejado e correto.
       8 de março – Juntamente com a redução da jornada de trabalho, o mês de março será marcado pelas mobiliza­ções em torno do Dia Internacional da Mulher, que completa 100 anos em 2010 e marca a luta das trabalhadoras cujos desafios têm sido ainda maiores que os de seus colegas homens. O tema geral da comemoração deste ano serão os di­reitos humanos. Marchemos juntos.

 

 


 

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