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Eleições 2014 – SEESP debate com candidatos propostas ao Estado e País

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Na segunda quinzena de agosto, em seu ciclo “A engenharia, o Estado e o País”, o SEESP recebeu em sua sede, na Capital, quatro candidatos: três ao Governo do Estado – Gilberto Natalini (PV), Wagner José Gonçalves Faria (PCB) e Laércio Benko (PHS) – e um ao Senado – Eduardo Suplicy (PT). A todos, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do sindicato, entregou a publicação “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Novos desafios”, atual versão do projeto lançado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) que reúne as contribuições da categoria ao desenvolvimento sustentável nacional com distribuição de renda.

Estão agendados para setembro, até o momento, os candidatos ao Senado Ana Luiza Figueiredo Gomes (PSTU), Marlene Machado (PTB) e Gilberto Kassab (PSD), nos dias 3, 8 e 16, sempre às 17h. Aberto ao público, neste ano, o ciclo recebe os que disputam os cargos majoritários, o que inclui também os presidenciá­veis. Os debates podem ser acompanhados ao vivo.


Compromisso com o ambiente

Presente no dia 15, Natalini destacou o compromisso de seu partido com a “causa ambiental”. Conforme ele, nesse sentido, a proposta é “buscar nova forma de desenvolvimento, com justiça social, respeito à natureza e à vida”. Exemplo negativo é a situação de escassez de água vivenciada no Estado, que, como frisou, se deve também à “miopia do governo”, que não investiu. Seu programa de gestão inclui realizar obras de captação, aumentar reservatórios, combater o desperdício de água (da ordem de 30% em território paulista), bem como cuidar dos cursos dos rios e nascentes.

Natalini comentou também que, em mobilidade urbana, sua prioridade será ao transporte público por trilhos. No âmbito administrativo, a proposta é diminuir os cargos de confiança de 15 para 10 mil e as secretarias estaduais de 25 para 16. Na área da saúde, seu compromisso é ampliar os gastos de 12% para 15% em quatro anos, totalizando R$ 5,6 bilhões.


Participação popular

No dia 18, foi a vez de Faria apresentar suas propostas à categoria. Acompanhado de seu candidato a vice-governador, Comandante Hermine, na sua concepção, tem-se uma redução do papel do Estado, o que é preciso reverter. Emblemático, conforme sua fala, é o caso da Sabesp, em que a ampliação do capital privado “não só piora as condições de trabalho, mas gera o mais baixo investimento na manutenção e ampliação dos mananciais, o que está diretamente relacionado à crise no abastecimento de água em São Paulo”. Na mesma linha, no transporte, Faria criticou a concessão de novas linhas do metrô à iniciativa privada. “Nosso eixo é a reversão total das privatizações dos serviços públicos essenciais.”

Além disso, o candidato pelo PCB denunciou o aumento da repressão policial, defendendo o fim da Polícia Militar no Estado e a criação de outra estrutura de segurança, “civil, com patrulhamento comunitário”. Segundo sua preleção, esse cenário aponta “a necessidade de aumento da democracia direta, via constituição de conselhos populares”.


Construir a “nova política”

Benko falou aos engenheiros no dia 19. Ele afirmou: “O objetivo é construir a ‘nova política’.” Para tanto, prometeu reforma administrativa, reduzindo os cargos comissionados e as secretarias estaduais das atuais 25 para apenas quatro: gestão pública, segurança pública, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.

Como primeiro ato, se eleito, Benko revelou: “Vou acabar com a progressão continua­da na educação.” No transporte, disse, “devemos ter o compromisso de construir oito a dez quilômetros por ano de metrô. Contamos com o instrumento da PPP (parceria público-privada) hoje que torna isso possível”. Salientou, assim, ser a favor das privatizações, exceto no caso da Sabesp. A CPI dessa empresa na Câmara Municipal de São Paulo foi instalada no dia 20, através de requerimento feito por ele, um dos vereadores que a integram, no início de 2013. Na segurança pública, Benko afirmou que vai priorizar a “inteligência” e refutou a redução da maioridade penal como solução. “Daqui a pouco, vamos ter maternidade de segurança máxima”, ironizou. Ele concluiu: “Precisamos de menos burocratas e mais engenheiros na máquina pública.”


Renda básica de cidadania

Já Suplicy apresentou, no dia 22, projetos de sua autoria naquela Casa, em 24 anos de atuação, e defendeu uma de suas ideias mais notórias: a renda básica de cidadania, a ser recebida por todos os brasileiros, além de estrangeiros que residem no País há cinco anos ou mais. Segundo ele, sancionada pelo então presidente Lula em 8 de janeiro de 2004, a proposta deve ser colocada em prática por etapas. Ele elogiou o Bolsa Família como um dos passos rumo a esse objetivo. Como é sua marca, brindou os engenheiros com a canção Blowing in the Wind, de Bob Dylan.

Nos debates, Suplicy recebeu de presente uma camisa da campanha dos engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo por valorização profissional e remuneração justa. Informado sobre essa luta, colocou-se à disposição para participar de conversa com o prefeito Haddad e a secretária municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leda Paulani, manifestando seu apoio. O candidato esteve acompanhado do postulante a vice-governador do Estado Nivaldo Santana (PCdoB), na coligação encabeçada por Alexandre Padilha (PT).


Por Soraya Misleh

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