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EMPRESA - Telefônica cede rede de fibra óptica para pesquisa em TI

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     Graças a uma parceria entre a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a Telefônica, pesquisadores paulistas terão acesso por três anos a uma rede de 3.300km de fibra óptica, no valor de R$ 30 milhões, cedida pela companhia de telefonia, que pode ser totalmente configurada para atender as suas necessidades. Essa infra-estrutura constitui uma plataforma experimental de alta velocidade, ou o chamado testbed.
     “O diferencial dessa rede é que ela chega até os equipamentos dentro dos laboratórios. As outras do tipo que existem no mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa, interligam universidades e não utilizam uma fibra dedicada. Essa característica confere uma maior velocidade ao tráfego de dados e permite que os participantes compartilhem equipamentos para pesquisa de ponta sem precisar se deslocar de suas cidades”, explica o engenheiro de telecomunicações Horacio Acerbi, diretor de Planejamento e Tecnologia Regional da Telefônica. A infra-estrutura oferecida por essa companhia se somará aos atuais 1.050km utilizados pela rede KyaTera, projeto do Programa Tidia (Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada), patrocinado pela Fapesp.
     Assinado em 26 de abril último, o convênio tem o objetivo de incentivar o desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos em TI (Tecnologia da Informação) e telecomunicações. Assim, na mesma data, foi lançada uma chamada de proposta de pesquisa, que está sob análise conjunta da Fapesp e da Telefônica, as quais custearão respectivamente 40% e 60% dos projetos. “Essas porcentagens poderão variar conforme o grau de inovação e riscos tecnológicos de cada proposta”, ressalva Acerbi. “Na parcela da Telefônica, a cessão do direito de uso de sua infra-estrutura de redes ópticas para cada um dos projetos aprovados e uma bolsa anual no valor de R$ 130.000,00 corresponderão a 25% do orçamento total da proposta. Os demais 35% poderão ser aportados por ela mesma ou por outra empresa parceira”, explica. Conforme ele, “os projetos ainda estão em avaliação e serão anunciados em breve”.
     A contrapartida da Fapesp equivale a R$ 4 milhões anuais para apoiar os projetos de pesquisa que estarão voltados a tecnologias, produtos e serviços da Internet do futuro. Estratégia
     Segundo o diretor da Telefônica, a decisão da companhia de investir em pesquisa em conjunto com a Fapesp vai ao encontro da sua estratégia empresarial. “Inovar tem se tornado uma necessidade cada vez mais fundamental para as empresas. Preocupado com isso, o grupo desenvolveu um modelo que promove a colaboração com agentes externos, numa rede de alianças tecnológicas, permitindo o acesso aos melhores talentos, conhecimentos e meios disponibilizados pelas instituições parceiras”, ressalta.
     De olho na chamada Internet do futuro, que deve oferecer maior velocidade e diversidade de serviços ao usuário, as expectativas da Telefônica com o investimento são diversas. Entre as contribuições à inovação, Acerbi cita: avanço do conhecimento na área de tecnologia da informação e Internet avançada; formação de cientistas e profissionais com qualificação competitiva internacionalmente; aumento do impacto da pesquisa na sociedade pela aceleração da transformação de conhecimento científico em inovação tecnológica; ampliação da interação entre o meio acadêmico e a iniciativa privada para a capacitação de profissionais em áreas essenciais ao desenvolvimento; colaboração científica (já que os pesquisadores estarão conectados); e inclusão digital – segundo ele, o desenvolvimento de aplicações para as classes C e D é um dos temas priorizados nas pesquisas.
     Também não estão excluídos do empenho por inovação os cerca de mil engenheiros que atuam na companhia. A esses, de acordo com Acerbi, cabe a tarefa de buscar novidades a serem oferecidas no mercado. “A Telefônica estimula o empreendedorismo entre seus funcionários como forma de instituir novos serviços ou procedimentos que aumentem a sua eficiência. Não só os engenheiros, mas todos os funcionários são incentivados a formar grupos interdisciplinares para resolver problemas ou criar novas ofertas para os clientes.”


Rita Casaro


 

 

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