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SEESP celebra 73 anos em prol do engenheiro e do desenvolvimento

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     Para além da defesa dos interesses da categoria, a entidade tem sua história marcada pela busca do desenvolvimento e vinculada a questões de cidadania. A trajetória foi lembrada pelo seu analista político e sindical, João Guilherme Vargas Netto, na noite de 27 de setembro, quando o SEESP celebrou seus 73 anos – completados no dia 21 do mesmo mês.
     A cerimônia, realizada em sua sede na Capital paulista, reuniu cerca de 150 pessoas, incluindo autoridades e representantes de associações de engenheiros de diversos locais e empresas.
     Segundo Vargas Netto, o projeto original do sindicato, que conta hoje com 25 subsedes e congrega em torno de 50 mil associados, pressupôs “duas pernas”: uma, a sua concepção como agente do desenvolvimento capaz de congregar o conjunto dos profissionais empenhados em fazer a economia crescer; e outra, para garantir a representação dos engenheiros na Constituinte de 1934. Posteriormente, conforme ele, a entidade evoluiu “no quadro em que a história do movimento sindical como um todo se desenvolveu. Mas perdeu um pouco do seu protagonismo, antes mesmo da instalação da ditadura militar. Suas vocações eram negadas”. O analista observa que isso começou a mudar com o “Movimento Renovação”, a partir dos anos 80.
     Como salientou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP, a história da entidade confunde-se muitas vezes com a de São Paulo e do Brasil. “O sindicato participou ativamente da luta pelo restabelecimento do Estado de Direito no País, tendo militado pelas eleições diretas no início dos anos 80, dos movimentos pela transparência na política, pela ciência e tecnologia no âmbito da Constituição Federal e vem, desde os anos 90, combatendo a desnacionalização que atingiu a indústria brasileira e a privatização dos serviços essenciais, como energia e saneamento, processos que nos trouxeram desemprego, queda na qualidade de vida e atraso tecnológico.” Contribuição contemporânea
     Tendo criado uma expressão sindical indiscutível, a organização dos engenheiros tem agora, na visão de Vargas Netto, como contribuição contemporânea ao crescimento e desenvolvimento do País seu engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Lançada pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006, a iniciativa, segundo explanou seu coordenador técnico, Carlos Monte, foi uma das alavancas fundamentais ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A proposta da categoria, que propugna por uma plataforma nacional de desenvolvimento com inclusão social, foi apresentada a diversas autoridades públicas durante as campanhas eleitorais do ano passado. “Sua base está refletida no PAC”, confirmou ele, ao apontar o panorama favorável à expansão econômica. “Somos capazes de atingir crescimento mais próximo de 6% (como defende o projeto dos engenheiros).” Ele se fundamenta no exame do recém-divulgado segundo balanço do programa do Governo, “claramente positivo”. E vaticinou: “Que sejamos capazes de estabelecer os Cresce Brasil estaduais e contribuir com ações de acompanhamento do PAC a que essa missão ultrapasse as fronteiras da nossa categoria para se tornar uma coisa ampla a todo brasileiro.” Em São Paulo, Pinheiro observou que estão sendo implementados fóruns regionais, os quais, em breve, devem estar funcionando nos 25 pontos do Estado em que a entidade mantém delegacias. Para o deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB/SP), o projeto em questão é uma atualização do que “foi a origem do nosso sindicato, que já nasceu pensando na sociedade”.

Homenagens
     Na cerimônia, também foram feitas honrarias a profissionais da categoria que deram sua contribuição nessa trajetória. Entre os homenageados, o ex-presidente do SEESP na gestão 1980-1983, Horácio Ortiz, falecido em 18 de agosto, aos 82 anos. A missão coube ao seu sucessor no sindicato, Antonio Octaviano, que destacou a “dedicação a causas públicas como marca indelével” desse engenheiro – o qual, em 2006, foi eleito “Personalidade da Tecnologia em Valorização Profissional” pela entidade.
      Outro homenageado da noite foi o engenheiro Archimedes de Barros Pimentel, o mais antigo filiado ao SEESP e seu sócio-fundador, com 98 anos de idade e ainda trabalhando ativamente. Ao reverenciá-lo, o vice-presidente do sindicato, João Paulo Dutra, rememorou sua trajetória. Pimentel foi membro do conselho fiscal nas três primeiras gestões dessa organização (de 1934 a 1942). Seu vasto currículo profissional inclui a realização do Edifício Germaine Burchard, premiado pela Prefeitura Municipal como o prédio mais bonito construído em 1942. Além de obras de saneamento em Goiânia e estudo de navegabilidade do Rio Tocantins.


Soraya Misleh

 

 

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