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O engenheiro e o trânsito de São Paulo

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      Buscar soluções para congestionamentos gigantescos – os quais chegam a 200km – e uma diversidade de problemas de trânsito enfrentados pelos paulistanos, lidando com o caos diariamente. É a missão do engenheiro de tráfego da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Segundo um deles, José Mauro Portela, chefe do Departamento de Engenharia de Campo da empresa na região da Vila Mariana, esses profissionais – num total de 300 de um quadro funcional de 1.200 – trabalham como gestores, em praticamente todas as áreas da companhia.
      A maioria é formada na modalidade civil, mas há também os que são graduados em engenharia eletrônica ou elétrica. Comandam uma equipe de cerca de 15 a 20 agentes. Portela indicou o cenário no qual atuam em seu dia-a-dia. “Nos últimos dez anos, a frota registrada no município cresceu 25%, segundo dados do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), passando de 4,8 milhões de veículos na Capital em dezembro de 1998 para 6 milhões em fevereiro deste ano. No mesmo período, a infra-estrutura viária, atualmente com 17 mil quilômetros de vias, não ultrapassou a margem de crescimento de 6%.”

Atribuições e operações
     Ele acrescentou: “Para garantir a mobilidade e a segurança no trânsito, a CET vem investindo em medidas de engenharia de tráfego, entre as quais: recuperação de semáforos inteligentes, centrais de monitoramento do trânsito, renovação da frota da companhia, manutenção da sinalização viária, além de intensificar a fiscalização de infrações que colocam em risco a segurança e a fluidez e adquirir novos equipamentos.”
      Ainda conforme sua explanação, são 3 mil quilômetros de vias monitoradas durante 24 horas por dia, o ano todo, nos principais eixos para garantir a circulação de motoristas e pedestres, em pequenos e grandes eventos, planejados ou não. “Demandam a montagem de operações de tráfego tais como: escola, Interlagos, em jogos de futebol, na Copa do Mundo, corridas, faixas exclusivas e reversíveis, enchentes, além de situações emergenciais como queda de avião ou helicóptero, passeatas, entre outros.” Tais engenheiros, como complementa ele, também elaboram projetos, corrigem e constroem geometrias personalizadas, procurando obter o melhor traçado com o máximo de rendimento e segurança possíveis para todos; implantam e fazem a manutenção da sinalização indicativa, de regulamentação, advertência, educativa, de solo, como faixa de pedestres, dupla amarela, canalização e de semáforos; desenvolvem dispositivos como iluminação de faixa de pedestres, fiscalização fotográfica de velocidade e ultrapassagem de farol vermelho, minirrotatórias etc. E ainda, elaboram manuais de sinalização urbana e projetos de desvio de tráfego, inclusive em parceria com outras empresas municipais, cuidam da gestão do trânsito, atuam na priorização do transporte coletivo, mediante operações integradas com a SPTrans (São Paulo Transporte), e estudam soluções como rodízio e restrição à circulação de caminhões e de produtos perigosos.
      O principal desafio com que o engenheiro se depara em campo, segundo Portela, é avaliar com rapidez o quanto uma determinada ocorrência pode ou não interferir na fluidez do trânsito e propor soluções. “As condições do trânsito variam a cada momento e dia. Às vezes, um pequeno acidente em uma via transversal pode provocar grandes congestionamentos”, pondera.


Soraya Misleh

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