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Sindical – Engenheiros reelegem Murilo Pinheiro para gestão 2014-2017

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A chapa Trabalho-Integração-Compromisso, única inscrita para a disputa e encabeçada pelo atual presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, venceu a eleição para a diretoria do sindicato, realizada pela internet entre os dias 16 e 18 de abril. A equipe vitoriosa, que assumirá o mandato 2014-2017, a partir de 1º de janeiro próximo, obteve 10.689 votos, ante 397 brancos e 185 nulos. Clique aqui para ver a relação completa da diretoria eleita.

O engenheiro Ademir Gimenes Peres, que compareceu à sede do SEESP, na Capital, para votar no dia 18, quando uma urna ficou à disposição dos associados, traduziu a mensagem do resultado eleitoral: “Eu aprovo o trabalho dele (de Murilo Pinheiro). Por isso estou aqui para votar.” O engenheiro de segurança do trabalho Milton Soares de Carvalho, que também foi ao sindicato para fazer a sua opção, salientou a importância dessa participação para que haja “maior congregação da categoria nas grandes decisões tecnológicas do País e para aumentar nossa representatividade com apresentação de ideias e propostas”.

Para os vice-presidentes reeleitos João Carlos Gonçalves Bibbo e Henrique Monteiro Alves, a perspectiva da nova gestão é de muito trabalho do ponto de vista sindical, político, administrativo e financeiro. Bibbo diz que o SEESP tem mostrado ao longo desses anos que engenheiro é trabalhador e, como tal, “temos um espaço muito grande a ocupar no movimento sindical brasileiro”. Alves coloca como metas da próxima gestão adquirir mais sedes próprias para as delegacias e fortalecer a formação do engenheiro com o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia). Na mesma linha, o diretor-geral da instituição, Antônio Octaviano, avalia que o SEESP cumpre a tarefa histórica de apoiar a capacitação e qualificação dos engenheiros, levando à frente o compromisso de implementar a faculdade. “É um desafio grande, mas que está à altura do nosso sindicato.”

Fortalecer a categoria para o embate nas negociações para a renovação das convenções coletivas de trabalho foi lembrado pelo diretor-3º secretário, Edilson Reis, como uma das principais atribuições da entidade. “Felizmente, estamos desenvolvendo um trabalho exitoso.”


Trajetória bem-sucedida

O diretor-2º secretário, Antonio Roberto Martins, lembra que a diretoria reeleita tem uma trajetória de 12 anos baseada na total transparência de seus atos e que cumpriu um de seus objetivos principais, o de ampliar a participação na casa sindical dos engenheiros, assim como inserir e valorizar esses profissionais nos grandes debates nacionais.

Nesse sentido, o vice-presidente Laerte Conceição Mathias de Oliveira destaca a inserção ativa da entidade nas discussões sobre políticas públicas, como faz, no momento, na preparação das conferências estadual e nacional das cidades, a qual abordará, entre outros temas, a implementação do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano.

Democracia é o aspecto ressaltado pelo diretor-2º tesoureiro, Flávio Brízida. “São anos de luta para chegarmos a um processo tão democrático. Vejo o nosso mandato no sindicato como uma escada, cujos degraus são dificuldades que vamos superando. A eleição deste ano vem coroar um trabalho planejado, como o engenheiro deve fazer.” O diretor-1º secretário Fernando Palmezan Neto também destacou a importância da participação da categoria no pleito, o que, na sua opinião, fortalece a entidade e o trabalho que será desenvolvido a partir do próximo mandato. Tal adesão é essencial, salientou o vice Carlos Alberto Guimarães Garcez, sobretudo para dar seguimento à atuação em prol do desenvolvimento nacional.

Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Francisco Carlos Rodrigues Netto, a eleição pela internet, sistema também utilizado por organizações empresariais, acadêmicas, governamentais e associativas, foi implantada pelo SEESP há mais de dez anos. “Somos a primeira entidade sindical que adotou essa forma. Isso garante o acesso ao voto, levando em conta a dificuldade do engenheiro de se afastar do seu local de trabalho para ir à urna. Votar pela internet traz todo mundo para a eleição”, observa. A parte técnica do processo foi realizada pela empresa Nib Consulting.

Osvaldo Passadore Júnior, do Conselho Fiscal da nova diretoria, avalia que todo o processo eleitoral é uma prova de que o sindicato é altamente democrático e cada vez mais participativo. Já o presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, ressalta que a tecnologia permite muitas facilidades, “por isso, a usamos a favor da organização da nossa categoria”.


Entrevista
Lutar pela valorização da categoria

Nesta entrevista, o presidente reconduzido ao cargo, Murilo Celso de Campos Pinheiro, avalia o trabalho da diretoria atual e os desafios para a próxima gestão.


Qual a principal motivação para um novo mandato à frente do SEESP?

A grande motivação é continuar trabalhando em defesa da nossa categoria, que tem extrema importância para o bem-estar da população e o desenvolvimento nacional. Contribuir para a defesa dos direitos e legítimos interesses desses profissionais é uma grande honra. Enfrentar tal desafio à frente do SEESP, que tem uma equipe de dirigentes de primeira linha, é certamente um enorme estímulo para mais um mandato. Nos últimos anos, conseguimos conquistas importantes como o cumprimento da lei que assegura o salário mínimo profissional em diversas empresas e setores, além de ganhos reais na maior parte dos acordos e convenções coletivas. Tivemos também um salto de qualidade na estrutura de atendimento aos engenheiros, com a organização de sedes próprias para várias das nossas delegacias sindicais e aprimoramento dos serviços oferecidos aos associados. A ideia agora é avançar nesses campos e buscar novas vitórias.


Quais as principais propostas da nova gestão?

Entre os nossos principais pontos de trabalho, estão a luta pela obrigatoriedade da representação sindical nas empresas; aprofundar o diálogo com as empresas e entidades patronais, visando firmar acordos e convenções coletivas que tragam benefícios aos engenheiros, como o pagamento do piso da categoria de acordo com a Lei 4.950-A/66; defender, além do emprego e ganhos salariais, a melhoria das condições e do meio ambiente de trabalho; instituir ações voltadas ao engenheiro formando e ao recém-formado, visando sua integração ao mercado de trabalho; manter e aprimorar o Plano de Saúde do Engenheiro e o SEESPPrev, o fundo de pensão da categoria. Debater e propor soluções para áreas pertinentes à engenharia, como mobilidade, saneamento, habitação e comunicações; e trabalhar pela implementação da engenharia pública e gratuita também estão entre as nossas propostas. E somar esforços com o movimento sindical brasileiro para avançar em bandeiras como a redução da jornada, fim do fator previdenciário, ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe a demissão imotivada.


Além das lutas específicas da categoria e sindicais, como o SEESP se insere nas grandes lutas sociais e nacionais?

O SEESP, por definição, é o que chamamos de “sindicato cidadão”. Ou seja, pela característica da nossa categoria, a entidade, que tem como função precípua a ação sindical, atua também numa importante agenda voltada ao desenvolvimento e às questões que envolvem toda a sociedade, especialmente aquelas que estão muito ligadas à engenharia. É o caso do debate sobre energia, saneamento, transporte e mobilidade urbana, meio ambiente, habitação, ciência e tecnologia. Temos, especialmente no âmbito do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado em 2006 pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), colocado esses temas em discussão, construído propostas de soluções aos problemas existentes e apresentado aos poderes públicos e à sociedade.


Recentemente, o Ministério da Educação publicou dados sobre o aumento do número de ingressantes em Engenharia, ultrapassando, inclusive, o curso de Direito. Como o sindicato atua diante dessa nova realidade da profissão?

O SEESP, também engajado ao projeto “Cresce Brasil”, vem há anos propondo ações que ampliem o número de engenheiros formados no País. Isso passa por estimular a opção pelo curso e também evitar a evasão, muito acentuada nas engenharias. O esforço pela retomada do crescimento, que contou com a nossa mobilização, é certamente responsável por esse redescobrimento da profissão pelos jovens. Fundamental agora que a categoria seja valorizada à altura, o que passa por remuneração justa e boas condições de trabalho e inserção social.


Como o Isitec (Instituto Superior de Inovação e Tecnologia) se insere nessa dinâmica?

Essa reflexão sobre a necessidade de formar profissionais aptos a promover o nosso desenvolvimento nos levou a colocar em pé um projeto ousado e pioneiro no movimento sindical: a criação de um curso de graduação que buscasse assegurar a mão de obra de alto nível que a nossa indústria precisa para ser capaz de avançar. Assim, foi pensado o curso de Engenharia de Inovação, hoje em fase final de aprovação pelo Ministério da Educação.


Rosângela Ribeiro Gil

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