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Cidade – Evitar enchentes e proteger a população

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Rosângela Ribeiro Gil

Com esse intuito, o SEESP realizou, em 28 de novembro último, seminário onde se levantaram as principais causas e consequências das chuvas de verão, que todos os anos provocam grandes estragos na cidade de São Paulo. Da atividade, saíram sugestões de medidas emergenciais que compuseram o documento enviado ao prefeito da Capital, Fernando Haddad, ainda em dezembro, durante a transição de governo.

O trabalho seria entregue também aos governantes dos municípios da Região Metropolitana, tendo em vista a necessidade de soluções integradas.

O presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, destacou que os profissionais da área tecnológica têm a obrigação de debater o drama dos alagamentos. “O nosso propósito, ao entregar esse documento, é indicar providências para que os cidadãos não fiquem tão vulneráveis às chuvas.”

Durante o evento, Silvana Guarnieri, presidente da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC e vice-prefeita de Diadema, afirmou que os “piscinões” devem ser repensados e redimensionados e ter a devida manutenção e desassoreamento. Segundo ela, aspecto fundamental ainda é a rede de drenagem. O levantamento dos pontos de enchentes e alagamentos ocorridos nos últimos anos é outra medida de relevância apontada por Guarnieri para orientar o trabalho de prevenção a ser feito.

Ricardo Pereira, engenheiro da Rodvias Engenharia e ex-coordenador de obras e operações urbanas da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), reforçou a crítica à falta de transparência de informação sobre os riscos e os problemas que a população pode enfrentar numa situação de fortes precipitações pluviométricas. “Não sabemos quem deve ser acionado num momento de emergência nem como as coisas funcionam. Hoje existe uma imensa ‘caixa preta’. Precisamos ter conhecimento dos planos de emergência”, salientou.

 

Ação integrada

Ubiratan de Paula Santos, membro do Conselho Tecnológico do SEESP, lembrou a importância de se estabelecer um sistema constante de limpeza de galerias, ramais e bocas-de-lobo. Ele defendeu ainda a integração com os municípios que fazem divisa com a Capital, assim como o trabalho conjunto com o Governo do Estado. “O objetivo é salvar vidas e evitar perdas e danos à população.”

Outro ponto importante para Santos é que a cidade tem 500 mil habitações em áreas de risco, como favelas ou aglomerados humanos com dificuldade de arruamento e que geralmente têm córrego perto e problemas na coleta de lixo. “Nesses lugares são geradas 1.500 toneladas de dejetos, o suficiente para levar à oclusão de vários córregos. As subprefeituras devem se entender com as operadoras de coleta para que seja feita uma intervenção imediata”, defendeu.

O coronel da Polícia Militar, Luiz Dias Filho, falou sobre as ações da Defesa Civil em situações emergenciais geradas pelas fortes chuvas em São Paulo. Segundo ele, os problemas são graves, complexos e as variá­veis mudam. “O cenário se altera o tempo todo, é uma invasão nova, uma área que não era de risco e passa a ser”, acrescentando que a Defesa Civil gerencia todos os recursos que estão disponíveis, em todas as esferas de governo, para que se tenha um bom resultado de socorro. “Não estamos falando de política mais, mas de atenção à população, por isso tanto faz quem é o governante, temos de usar e otimizar todos os recursos.”

 

Propostas à Prefeitura de São Paulo

Identificar os pontos de enchentes e alagamentos recorrentes nos últimos anos;

verificar a situação da limpeza da rede de drenagem – bueiros, bocas-de-lobo, ramais, galerias e córregos e nas bacias onde os alagamentos têm sido recorrentes;

avaliar a limpeza/desassoreamento dos piscinões e seu funcionamento em capacidade de reservação;

discutir a flexibilização dos horários de coleta de lixo;

instalar contêineres nas ruas onde são realizadas as feiras livres;

apurar o mapa das áreas de risco de deslizamentos e disponibilizá-lo à sociedade;

fazer diagnóstico da rede de semáforos; e

discutir com o Governo do Estado e municípios vizinhos operação do sistema
de comportas.

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