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EDITORIAL - Uma solução para a Cesp

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      Embora tenha sido negada pelo governador José Serra dois dias após ter sido divulgada pela imprensa, uma boa solução para a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) pode ter sido encontrada pelos governos estadual e federal. Conforme matéria veiculada pela Folha de S. Paulo, em 7 de setembro, o chefe do Executivo paulista e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teriam chegado a um acordo nesse sentido, avalizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pelos termos, Serra não privatizaria mais a companhia, vendendo apenas ações até o limite de 49%, garantindo o seu controle estatal.
      Como contrapartida, Dilma teria prometido prorrogar as concessões das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, responsáveis pela maior parte da receita da empresa.
      Muito mais benéfica ao interesse público que a venda da Cesp pura e simplesmente a um investidor privado, espera-se que o acordo vingue e seja dado fim à constante ameaça de desestatização da companhia energética. Fundamental ao sistema elétrico brasileiro como um todo e não apenas para São Paulo, a geradora precisa ter a sua capacidade de investimento restabelecida, podendo assim contribuir com a demanda de energia que a retomada do desenvolvimento certamente provocará.
       Historicamente contrário à privatização das energéticas e à transformação do serviço público essencial em commodities, o SEESP vem há alguns anos propondo o debate sobre soluções para a Cesp, que não impliquem levá-la a leilão, e vem tentando persuadir o Estado e a União dessa necessidade. Assim, vê com otimismo o acerto entre as duas instâncias e espera que o governador confirme a sua validade.

“Cresce Brasil”
      Há dois anos, quando o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” foi lançado, a FNE e seus sindicatos filiados fizeram uma aposta ousada. Desenharam um plano de retomada do desenvolvimento que indicava a necessidade e a possibilidade de a economia nacional alcançar a expansão de 6% ao ano, desde que se fizessem os investimentos necessários e houvesse mudanças como a redução dos juros.
       Após mais de duas décadas de estagnação, a proposta animou a tantos, mas também gerou incredulidade em outros. Com o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de 2007, que atingiu os 5,4% , o projeto dos engenheiros já se aproximou da realidade. O desempenho da economia no segundo trimestre, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 11 de setembro, aumentou ainda mais a expectativa de que o “Cresce Brasil” se concretize plenamente: incremento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda de acordo com o instituto, na comparação com o período de janeiro a março, o PIB cresceu 1,6%. Em reais, o conjunto das riquezas produzidas no País somou R$ 716,9 bilhões no segundo trimestre, sucedendo uma produção de R$ 665,7 bilhões nos três primeiros meses do ano.
       Entre os componentes da demanda interna, destacou-se o crescimento de 16,2% da formação bruta de capital fixo, ou seja, de investimentos produtivos. A despesa de consumo das famílias aumentou 6,7%, décima nona alta consecutiva nessa comparação. Houve ainda incremento dos gastos públicos de 5,3%. No que diz respeito à demanda externa, as exportações de bens e serviços cresceram 5,1% no período, após uma queda no trimestre anterior.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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