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Editorial - Crise e desenvolvimento

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       Apesar das medidas tomadas nos Estados Unidos e na Europa, que aliviaram a tensão nos mercados mundiais, não restam mais dúvidas quanto à gravidade da crise financeira internacional, que pode ainda se tornar uma importante crise econômica. Decerto que, no contexto da globalização e especialmente na condição de país emergente, o Brasil não está imune aos efeitos do vendaval em curso. No entanto, se é preciso cautela, também é necessária uma dose de sangue frio e sabedoria para que o pânico não faça com que se jogue fora tudo o que se conquistou recentemente em termos de retomada do desenvolvimento.
      Depois de mais de duas décadas de estagnação e vivendo suas conseqüências nefastas – desemprego, carência de infra-estrutura, serviços sociais precários e, especialmente, falta de perspectivas e fé no futuro para toda uma geração –, o Brasil voltou a viver, como realidade, o sonho do desenvolvimento socioeconômico e a vislumbrar a possibilidade de se tornar uma nação justa e soberana. Alcançar esse patamar não é para já, mas vemos a chance de mudar a cara do País em dez anos. O tumulto financeiro causado pela especulação nos pegou em pleno vôo e pode tornar mais difícil atingir a meta planejada, mas é preciso que não se desista dela.
      O momento de dificuldades e, sobretudo, incertezas, posto que nem governantes, nem especialistas sabem prever com precisão o que vem a seguir, costuma ser propício aos profetas do atraso. Esses, que passaram anos a ditar as regras da liberalização e desregulamentação e a ver no aumento do crédito à produção e do poder aquisitivo do trabalhador a grande ameaça à estabilidade, já se animam a pregar a estagnação.
      Para quem está do outro lado dessa trincheira e vem lutando pela retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social, regras que guiam o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a hora é justamente de preservar o que se obteve até aqui. Ainda que os índices de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano não repitam o bom desempenho de 2007 e 2008, é fundamental que a lógica seja a de se garantir o desenvolvimento no longo prazo. As medidas governamentais devem ter como foco evitar a crise e, ao mesmo tempo e tanto quanto possível, manter o País no rumo do crescimento.
     Uma bela conquista – o DOU (Diário Oficial da União) de 9 de outubro troue a oficialização da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários). Criada no final de 2006 e tendo cumprido as etapas necessárias para o nascimento de uma nova entidade sindical, a organização começa agora a atuar em defesa dos seus representados e em parceria com as federações ligadas a ela e com o conjunto do movimento sindical. Trata-se de uma bela conquista para os trabalhadores.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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