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ENTREVISTA - Uma ponte para a tecnologia alemã

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       Funcionando há 53 anos no Brasil, mas passando atualmente por uma grande reformulação, a Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI Brasil) pretende atuar como uma facilitadora de transferência de tecnologia entre os dois países. Quem afirma é o presidente da entidade, Edgar Horny, responsável pelas mudanças que vêm sendo implementadas desde março de 2008, quando assumiu o cargo.
        Tendo chegado ao País em 1996 para presidir e reestruturar a Voith em São Paulo, ele é hoje presidente do Conselho Regional do grupo no Brasil e diz que pretende ficar por aqui. “Na soma, gosto de morar no Brasil. Já me habituei e agora tenho dificuldade em me adaptar aos alemães”, brinca. Na entrevista ao Jornal do Engenheiro, ele falou sobre o trabalho da VDI e a parceria com o SEESP.

Como é o trabalho da VDI na Alemanha e no Brasil?
       Há uma grande diferença entre a VDI aqui e na Alemanha porque lá tem um objetivo similar ao do SEESP, defende os interesses dos engenheiros, além de tratar do intercâmbio técnico. É uma organização com 140 mil sócios e em praticamente todas as cidades tem uma sede. Aqui, auxiliamos os engenheiros alemães que vêm para o Brasil, assim como os brasileiros interessados em ir para a Alemanha. Também promovemos cursos de formação e complementação, como, por exemplo, técnicas para falar em público, assuntos que não fazem parte da educação básica do engenheiro, mas que ele precisa para sua vida profissional. Outro objetivo é divulgar mais no Brasil o que está acontecendo na Alemanha, na área tecnológica, e vice versa.

Como esse intercâmbio poderia ajudar o Brasil?
       O primeiro passo numa cooperação é sempre a informação. É preciso mostrar o que há nos dois países. Por exemplo, em ambos há muita pesquisa sobre nanotecnologia e pode ser possível alinhar esse esforço. Além disso, a ideia é mostrar as possibilidades de desenvolver tecnologia no Brasil, que tem ótimos engenheiros, mas está exportando muito em commodities e pouco em tecnologia. Na Alemanha, há cooperação entre centros de pesquisas e as empresas, o que poderia ser feito aqui.

Isso é feito em conjunto com a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha?
       Essa é a novidade. A VDI existe no Brasil há 53 anos, mas foi uma associação orientada a promover a confraternização entre os engenheiros. Quando assumimos há quase dois anos, tivemos uma orientação de profissionalizar esse trabalho. Assim, é fundamental essa parceria com a Câmara, que na área econômica tem o objetivo de facilitar o intercâmbio, o que tem feito há 92 anos, mas na área especificamente técnica não houve muito avanço. Agora, estamos preenchendo essa lacuna.

E como está a associação aqui no Brasil?
       Estamos em fase de reformulação, agora começamos a crescer novamente e temos cerca de 100 sócios, mas temos uma base de interessados bem mais ampla. Potencialmente, todos os engenheiros que tenham interesse no intercambio tecnológico entre Alemanha e Brasil podem se associar à VDI. Por exemplo, todos os filiados ao SEESP.

Qual a ideia da parceria com o SEESP?
       É uma parceria que traz vantagens para as duas entidades. Por um lado, o SEESP quer se internacionalizar e, no que diz respeito à Alemanha, somos os parceiros ideais. Acabamos de discutir que vamos fazer uma apresentação da situação da Alemanha aqui em São Paulo e temos planos de fazer, no ano que vem, um dia de tecnologia brasileira na Alemanha. O Brasil está numa fase de grande visibilidade no Exterior e pode também mostrar a tecnologia de ponta que detém, como no caso da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A.), da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Seria importante mostrar o que existe no Brasil e talvez ter uma complementação no lado alemão, que pode ser útil. Além disso, haverá cooperação para divulgação das entidades e para participação em seus eventos. Uma primeira oportunidade será o workshop sobre tecnologia na produção que realizaremos em 13 de agosto. Os filiados ao SEESP poderão se tornar sócios da VDI sem pagar anuidade 2009 e com isso participar do workshop com o mesmo desconto oferecido aos nossos associados.

Como funciona o apoio da VDI aos profissionais que desejam completar sua formação na Alemanha?
       Há possibilidades de bolsas ou de trabalho como trainee. Os interessados podem se inscrever num banco de estágios pelo nosso site, assim como encontrar informações sobre bolsas, onde aprender alemão etc. Além do que está disponível lá, se precisar de mais informações, pode entrar em contato conosco por telefone. No ano que vem, vamos oferecer um curso de alemão técnico para engenheiros que já tenham conhecimento básico da língua.

Para entrar em contato:
www.vdibrasil.com.br
(11) 5180-2325


Rita Casaro

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