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Entrevista – “Mútua é braço social que precisa chegar a todos os profissionais do Sistema”

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Em seu segundo mandato como presidente nacional da Mútua, o engenheiro Paulo Guimarães aponta o principal desafio a ser vencido nessa empreitada: aproximar da Caixa de Assistência os quase 1 milhão de profissionais inscritos nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas) de todo o País. Ele define a instituição, que oferece benefícios diversos, como empréstimos, previdência privada, seguros e planos de saúde, como “o braço social” do Sistema Confea/Crea e Mútua. “Quem conhece não sai mais”, afirma o dirigente, que pretende ainda em sua gestão, que vai até 2021, expandir o quadro de associados, atualmente em 135 mil. Em entrevista ao Jornal do Engenheiro, Guimarães falou também a respeito das mudanças necessárias aos conselhos profissionais e da necessidade de o País retomar a expansão econômica e oferecer condições adequadas de vida à população, com a participação ativa da área tecnológica.  Ele afirmou ainda seu engajamento ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e ao movimento “Engenharia Unida”, ambas iniciativas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), com apoio do SEESP. Confira a seguir os principais trechos da entrevista e acesse a íntegra aqui.

 

 

Qual a importância da Mútua para
os profissionais do Crea?

A Mútua é a Caixa de Assistência dos Profissionais, que é o braço social do Sistema Confea/Crea e Mútua. Através dela é que o profissional tem os benefícios, como previdência complementar, com resultados muito melhores do que encontrará em qualquer banco. Tem ainda financiamento para aquisição de veículos com juros de 0,3 a 0,45%, de 12 a 36 meses. Há planos de saúde e convênios com uma série de empresas. Se o associado tem um problema de saúde ou sofre um acidente, tem uma contribuição, sem reembolso, enquanto estiver naquela situação para que tenha qualidade de vida e dignidade. Isso tudo e mais por R$ 50,00, durante o primeiro ano, e depois por R$ 160,00, dos quais R$ 50,00 vão para a previdência complementar. Quem conhece a Mútua não sai mais. O grande desafio é conseguir apresentar a Mútua aos profissionais. São 135 mil associados perante 980 mil profissionais existentes, temos muito que crescer.

 

 

Quais os principais projetos nesse
seu período à frente da Mútua?

Estamos desenvolvendo um benefício novo para aquisição de carro elétrico, visando incentivar a linha da sustentabilidade. Isso inclui também o apoio à instalação de energia fotovoltaica. Também estamos investindo na Universidade Mútua, com cursos de educação a distância (EaD) ou semipresenciais, oferecidos gratuitamente aos sócios contribuintes, para que o engenheiro e o estudante possam se atualizar. Já previsto em lei, mas ainda não regulamentado, neste momento em fase de revisão final para ser enviado ao Confea [Conselho Federal], está benefício das bolsas de estudo para alunos carentes que queiram fazer os cursos da área do Crea.

 

 

Além das contribuições dos sócios, que recursos
financiam esses serviços oferecidos pela Mútua?

A Lei 6.496/1977, que criou a Mútua, também criou a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e, a cada uma recolhida, 20% vai para a Mútua que, assim, pode transformar esse recurso em benefícios.

 

 

Que papel o Sistema Confea/Crea e Mútua
deveria 
ter no momento atual do País?

Nós devemos participar, mostrando que o Brasil precisa passar para o desenvolvimento. As desigualdades sociais são muito grandes e é preciso repensar um modelo em que se privilegia a aplicação financeira. Devemos atuar, por exemplo, para criar programas de moradia, que, além de gerarem crescimento econômico e emprego, gerem qualidade de vida para quem habita em favelas, aglomerados, cortiços. O Sistema pode ter um papel fundamental e ativo para fazer essa mudança.

 

 

Com essa visão, o senhor avalia que o Sistema
poderia abraçar o projeto “Cresce Brasil” da FNE?

Total! Eu considero mesmo. Assim como a união das entidades, num propósito do Brasil digno, da engenharia, da soberania nacional.

 

 

Há proposições tramitando no Congresso que alteram regras do funcionamento
dos conselhos profissionais. Qual a sua opinião sobre esse debate?

Nós temos que fazer uma revisão muito grande no nosso Sistema, que é muito burocratizado. São muitas normas, resoluções, e ele está caracterizado muitas vezes como um grande cartório, e não é isso que o profissional quer. Ele quer o conselho exercendo sua atividade finalística, que é a fiscalização do exercício ilegal da profissão, um grande tribunal de ética em defesa da sociedade. Essas propostas podem até ser uma forma de provocar a discussão. Temos que ter um Conselho que, além da questão legal, possa dar suporte às entidades das diversas profissões, dando capacitação aos profissionais.

 

 

Aparentemente, o mote para essas propostas seriam as queixas quanto
ao custo da anuidade. O senhor acha possível rever essa questão?

É possível, existe esse espaço. Não há necessidade de taxas exorbitantes, que afastam o profissional do Sistema.

 

 

Por Rita Casaro

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