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Sindical – Democracia depende de soberania

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Em 1º de dezembro, o SEESP sediou na sua sede na Capital o 4º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU). Entre as premissas para se levar o País a outro patamar de desenvolvimento no ano do Bicentenário da Independência – como propugna o projeto da entidade “Brasil 2022” –, a atividade apontou que é preciso reverter quadro atual que inclui desigualdades, concentração de renda, impunidade, intolerância e combater retrocessos que ameaçam a soberania e a democracia no Brasil. Demandas que constam da Carta do 4º Encontro, aprovada por unanimidade.

O então presidente em exercício do SEESP, João Carlos Gonçalves Bibbo, destacou à abertura a articulação formada pelos profissionais reunidos na CNTU – além de engenheiros, economistas, odontologistas, farmacêuticos e nutricionistas –, vindos das categorias pensantes do País. “Tenho certeza que vamos fazer a diferença”, enfatizou. Também compuseram a mesa os diretores da confederação Allen Habert e José Carrijo Brom, este último também presidente da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), além dos vereadores paulistanos Gilberto Natalini (PV) e Eliseu Gabriel (PSB).

Inaugurando as palestras, o diplomata Celso Amorim provocou o público ao afirmar que para se chegar ao horizonte de 2022 é preciso “passar por 2018, já que existem grandes incógnitas sobre o momento político do País, como as próximas eleições”. Ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores, ele discorreu sobre a democracia na era da globalização econômica, em que a população mundial está sob domínio do capitalismo financeiro. Na sua concepção, o conceito de democracia é inseparável da soberania de uma nação. E foi categórico: “Vivenciamos uma absoluta ditadura de classe.” Amorim salientou: “Precisamos ter uma política externa independente para defender os nossos direitos e interesses.”


Os desafios para chegar a 2022

Nessa direção, Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), ressaltou a dificuldade de se debater soberania num mundo globalizado. “O capital financeiro influencia a composição de governos e parlamentos em todo mundo, além de controlar os principais organismos internacionais de regulação, os quais interferem e limitam fortemente a autonomia das nações. Na prática, retira dos governantes a definição do que é estratégico na economia, transferindo decisões para os agentes dos sistemas financeiros.” Na sua ótica, revisar o modelo atual é condição para que a independência, a soberania e autodeterminação dos povos prevaleçam frente ao mercado. Para a economista e consultora em cidadania e participação para o desenvolvimento econômico e social, Esther Albuquerque, a soma de conhecimentos é o que pode contribuir a um projeto de nação inclusivo. “A sociedade está excluída. Se isso não mudar, não teremos democracia”, apontou.

Também estiveram entre os palestrantes o vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP); o presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Pedro Celestino; e o advogado Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).


Conselho Consultivo e premiação

Como parte da programação do 4º Encontro, ocorreu a 12ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU, quando foram empossados 58 de seus novos membros. Agora são 1.316 integrantes do chamado “Conselho das 1.000 Cabeças”. À abertura, o diretor de articulação nacional da CNTU, Allen Habert, saudou os novos conselheiros e destacou: “Cada um deve se considerar um modernista do século XXI e ajudar a empurrar os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.”

A plenária se iniciou com explanação sobre a Rede Brasil 2022 pelo consultor Sérgio Storch. Segundo ele, a rede social do projeto Brasil 2022 em construção conectará temas que vêm sendo discutidos pela CNTU em seus encontros. Após a apresentação, conselheiros veteranos apresentaram os desafios e possibilidades de atuação dos novos membros. Entre os que representaram à mesa os empossados, a delegada do SEESP junto ao Metrô, Sílvia Cristina Silva conclamou: “Devemos fazer jus a algo que traga benefícios à sociedade e ao País. Não podemos deixar que nossas conquistas sejam aviltadas.”

Ao final, foi entregue o prêmio Personalidade Profissional da CNTU a profissionais de destaque nas áreas de atuação das entidades filiadas à confederação e na categoria Interesse público, este último a Celso Amorim. Os demais agraciados foram Zaida Maria de Albuquerque Melo Diniz (Nutrição), Jaime Aparecido Cury (Odontologia),  Wanderlino Teixeira de Carvalho (Engenharia), Hermias Veloso da Silveira Filho (Farmácia) e Waldir Pereira Gomes (Economia), representado no ensejo pelo presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP), Pedro Afonso Gomes.


Por Soraya Misleh

Colaboraram Deborah Moreira,

Jéssica Silva e Rosângela Ribeiro Gil

Confira cobertura completa em www.cntu.org.br.

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