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Sindical – Diálogo para preservar emprego e salário

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A 17ª edição do Seminário de Abertura das Campanhas Salariais, realizado pelo SEESP em 18 de abril último na sua sede, na capital paulista, atraiu importante participação de profissionais. À abertura, Murilo Pinheiro, presidente do SEESP, enfatizou que a iniciativa “permite entender que é possível realizar negociações saudáveis e pensar em bons acordos”. Posição endossada pelo consultor sindical João Guilherme Vargas Netto, a quem deve “prevalecer no mundo empresarial o bom senso para, apesar das dificuldades, buscar junto com os engenheiros alternativas positivas para enfrentar a crise, garantindo emprego e salário”.

Ao analisar a conjuntura, o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, observou que o País está entrando no terceiro ano de recessão – já considerada a maior da história. Para ele, o desafio se dá na construção de relações do trabalho que permitam ao sindicato e às empresas desenvolverem estratégias que protejam o emprego, o salário e a atividade produtiva, elementos fundamentais à saída da crise. Na sua avaliação, 2017 pode render resultados mais favoráveis aos verificados nos dois últimos anos. O diretor técnico alertou que o Brasil adota um processo acelerado e acentua­do de internacionalização da economia. “Nessa estratégia do governo a engenharia brasileira não tem vez, o que pode significar a perda de milhares de postos de trabalho e desvalorização da área.” Diante disso, conclamou que nas campanhas salariais se defenda e se recoloque o papel e a centralidade do setor como indutor do desenvolvimento.

O cenário complexo se estende ao campo político, como informou o diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho. “Não temos como negar que o ambiente está conturbado.” E continuou: “Importantes setores da nossa economia foram atingidos em função dessas investigações (da Operação Lava Jato), desde fundos de pensão, grandes construtoras à Petrobras.” Ele frisou: “Hoje temos um governo com visão estritamente liberal e fiscalista, que segue a agenda do mercado financeiro, cujo senso de realidade é zero.” 

A voz das empresas

João Alberto Viol, vice-presidente de Gestão e Assuntos Institucionais do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva – Regional São Paulo (Sinaenco-SP), afirmou que a palavra à mesa de negociação deve ser “união em prol da engenharia”. Cely Singergut Roselli, gerente de Cargos e Salários e Relações Sindicais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Lívia Gerbasi, da área de Recursos Humanos da Amazul, Lucília Emi Nagai, dos Recursos Humanos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Daniele Azevedo de Souza, gerente do Departamento Sindical da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e Maria Cecília Frozza, gerente de Recursos Humanos da Rio Paranapanema Energia, também ressaltaram a importância do diálogo.

Marcio Massao Shimamoto, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), opinou que a negociação coletiva, dentro das possibilidades, deve ser boa para os dois lados. A posição foi reforçada por Norberto Zerbetto Hausmann, da Gestão Organizacional e Estratégias de Remuneração da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep). E Mônica Vohs de Lima, gerente de Recursos Humanos da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), observou que as negociações serão duras, mas deve prevalecer a sabedoria.

Milena Moromizato, gerente de Relações Trabalhistas da Usiminas de Cubatão, falou dos momentos difíceis por que passou a siderúrgica em 2016, quando desativou sua linha primária de produção e demitiu mais de 2 mil trabalhadores. Para Elisabete Cristina de Carvalho, gerente de Desenvolvimento Organizacional e Recursos Humanos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), é importante a unidade para melhorar o País e garantir os empregos.

A busca do entendimento foi defendida também por Willian Domingues das Neves, representante do setor de Recursos Humanos da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp); Eder Santos, especialista de Relações Trabalhistas da Elektro Distribuidora de Energia, e Rildo Martins da Silva, gerente de Relações Trabalhistas da Telefônica-Vivo. Além deles, participaram interlocutores da São Paulo Transporte (SPTrans), com a presença de membro da diretoria de Representação dos Empregados; e da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP), com Andrea Firopilo
Vizzoni, gerente de Recursos Humanos.

Também prestigiaram a atividade os presidentes da Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua), Paulo Guimarães, dos sindicatos dos engenheiros (Senges) filiados à Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), dos conselhos regionais (Creas) do Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá e Alagoas, além do vice da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas, Departamento de Minas Gerais, Alfredo Marques Diniz.

 

Por Rosângela Ribeiro Gil

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