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Sindical - Alcançar o País que queremos em 2022

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Soraya Misleh

Em sua 10ª Jornada Brasil Inteligente, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) colocou em pauta o “Brasil 2022 – O País que queremos”. O evento ocorreu em 2 de dezembro, na sede do SEESP, na Capital, e reuniu especialistas e representantes das categorias filiadas à entidade promotora – engenheiros, nutricionistas, farmacêuticos, odontologistas e economistas. A confederação apresentou ao debate o projeto Brasil 2022, que visa ações e propostas que contribuam para transformar o quadro atual e alcançar soberania e desenvolvimento nacional no ano do Bicentenário da Independência.

No ensejo, foi lançada a quinta edição da revista Brasil Inteligente, que focou o tema em questão e traz na capa a logomarca dessa campanha, criada pelo arquiteto e designer Ruy Ohtake. Murilo Pinheiro, presidente da CNTU – que também está à frente do SEESP –, frisou: “Mostramos mais uma vez que, mesmo em momentos difíceis como o atual, a CNTU está se reunindo, colocando-se diante das questões de fundo, propondo discussões importantes, como a resistência à PEC 55 (Proposta de Emenda à Constituição, chamada PEC do teto dos gastos públicos, que congela despesas primárias por 20 anos ao patamar de 2016, aprovada pelo Senado em segundo turno no dia 13 de dezembro e promulgada em 15 do mesmo mês).”

Mais de mil cabeças
Também foi realizada plenária do Conselho Consultivo da CNTU, ocasião em que foram empossados novos membros, representados à mesa por Rosemarly Fernandes Candil, presidente do Sindicato dos Nutricionistas de Mato Grosso do Sul (SindiNutri-MS); Rita Freire, ex-presidente do Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), extinto pelo governo Michel Temer; vereador Toninho Vespoli (PSOL-SP); Francisco Sales Vieira de Carvalho, presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores do Estado de São Paulo; Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC-BR); Pedro Machado, presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (Aeamesp); João Antonio del Nero, presidente da consultoria Figueiredo Ferraz; André Gaetta, ator e jornalista; e Nestor Tupinambá, delegado sindical do SEESP no Metrô. Agora são 1.107 integrantes do chamado “Conselho das 1.000 cabeças”.

Abrindo a plenária, o diretor de articulação nacional da CNTU, Allen Habert, explanou: “A confederação se filia à ideia de criar uma grande onda político-cultural e cívica para que possamos unir os brasileiros, dentro de uma reconciliação baseada na questão do desenvolvimento, da democracia progressiva, na justiça e na paz. Essa grande onda do Brasil 2022 é para estimular cada um de nós a reinventar este País.”

O cineasta Silvio Tendler destacou: “Não há uma separação entre arte e ciência. Essa junção, pensando outro Brasil, é fundamental. A ideia de usar as novas tecnologias é um link fundamental para o futuro.” A CNTU trabalha a ideia de fazer um filme sobre o projeto Brasil 2022,  sob sua direção.  Outra iniciativa é estimular a produção de vídeos, feitos com o uso de um aparelho smartphone, sobre a temática.

Homenagem
A CNTU encerrou sua 10ª Jornada celebrando o trabalho, o conhecimento e o engajamento a serviço de um Brasil mais justo, desenvolvido e democrático. Entregou o prêmio Personalidade Profissional a seis lideranças indicadas pelas categorias que compõem a entidade e pela diretoria da confederação. Em sua quinta edição, foram agraciados Fernanda de Lima (na categoria Economia); Ricardo Maranhão (Engenharia), representado no ensejo por Fernando Siqueira; Rilke Novato Públio (Farmácia); Ana Paula Bortoletto (Nutrição); Volnei Garrafa (Odontologia); além do próprio Silvio Tendler (Interesse público) (conheça a trajetória de cada um).

Ausente por motivos de saúde, Maranhão enviou uma mensagem aos presentes por intermédio de seu representante, o também engenheiro Fernando Siqueira: “O momento é de festa para mim, mas também de reflexão sobre a conjuntura a todos que buscam construir um país democrático, com prevalência da ética, justiça social e combate às desigualdades. Esse processo não pode prescindir de nossa engenharia, que corre risco mediante o propósito de entregarem nosso petróleo ao cartel internacional. As ameaças são muitas, mas os brasileiros saberão vencê-las.” Animando o público à reação, Siqueira completou: “Todas as nações que utilizaram o petróleo ao interesse nacional se desenvolveram. Um exemplo claro desse aproveitamento correto é a Noruega. Era um dos países mais pobres da Europa até a década de 1970, descobriu petróleo e usou isso a favor da população. Hoje conta com o melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos últimos anos e com um fundo soberano para assegurar a mesma qualidade de vida a sua população quando o petróleo acabar.” Já os que entregaram a multinacionais esse bem, como destacou ele, entre os quais Nigéria, Angola, Gabão e Líbia, estão na miséria. Assim, conclamou todos à defesa da soberania nacional, contra a desnacionalização da Petrobras, das riquezas naturais e do pré-sal, em curso.

* Colaborou Deborah Moreira

Confira cobertura completa em www.cntu.org.br 

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