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SINDICAL - CNTU coloca em pauta programa de desenvolvimento nacional

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Rita Casaro

        Aconteceu em 20 de maio, na cidade de Maceió, em Alagoas, o primeiro Encontro Regional da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados). O evento teve como tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional” e abriu a série programada pela entidade que inclui mais três debates a serem realizados em Vitória, Goiânia e Florianópolis até outubro próximo.

        Após essa maratona, acontecerá um grande encontro nacional em São Paulo, no dia 25 de novembro, sob o mote “A classe média e a democracia brasileira”. “Temos uma oportunidade ímpar nesse país. As camadas médias devem, junto com o povo brasileiro, construir um novo Estado, que traga a melhoria dos serviços públicos, que permita desenvolvimento com inovação”, afirmou, durante a abertura dos trabalhos, o diretor de Articulação Nacional da CNTU, Allen Habert, também dirigente do SEESP. “Nossa confederação tem que estar presente nas discussões da sociedade, e não apenas para criticar”, reforçou o presidente da entidade e do sindicato, Murilo Pinheiro.

        Dando início às exposições, Marco Aurélio Cabral Pinto, professor adjunto de Engenharia de Produção da UFF (Universidade Federal Fluminense), falou sobre “Trabalho, desenvolvimento e inovação”. Ele ressaltou o esforço a ser feito no País para superar o subdesenvolvimento. Herança de uma formação socioeconômica marcada por concentração de riqueza e exclusão, a superação do atual “ambiente de trocas desiguais”, afirmou, exige investimentos. “Temos que colocar a serviço da transformação o nosso conhecimento, e essa ação deve ser inovadora”, complementou. “As elites brasileiras devem compreender que não avançarão na hierarquia internacional se não forem de mãos dadas com o povo”, concluiu. Nessa agenda, pontuou, tem destaque a educação.

 

Formação e requalificação
        Os esforços nesse campo foram o tema de Luciana Santa Rita, professora adjunta da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Ela mostrou um panorama da instituição, que vem registrando progressos na área de pesquisa e inovação ao longo da última década. “Em 2001, eram 215 estudantes com bolsas de iniciação científica; em 2010, foram 683”, destacou. Atualmente, relatou ela, a Ufal mantém 62 cursos de graduação e 25 programas de pós-graduação. Está composta por 21 unidades acadêmicas, sendo duas descentralizadas e localizadas no agreste e no sertão com o objetivo de tornar o ensino acessível à população das regiões mais distantes.

        Se investir em formação de qualidade deve ser agenda prioritária para o Brasil, é também igualmente importante garantir um sistema de educação continuada aos profissionais, que seja voltado a toda a força de trabalho nacional. A proposta foi defendida por Maria Rosa Abreu, professora associada da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). As fontes de custeio seriam, além do financiamento público, o setor empresarial e o próprio aluno.

        Ela louvou iniciativas pontuais nesse sentido, como o trabalho desenvolvido em 1989 pela FNE em parceria com a UnB, que produziu um curso a distância sobre políticas de ciência e tecnologia para os anos 90. Abreu lembrou ainda a Lei 8.029/92, que instituiu o Programa de Desenvolvimento Profissional e Reciclagem Tecnológica para engenheiros, arquitetos e agrônomos da administração direta e indireta do Estado de São Paulo. A conquista foi fruto do trabalho do SEESP e teve origem no projeto de lei do então deputado estadual Arnaldo Jardim.

 

Energia
        Geoberto Espírito Santo, vice-presidente de Planejamento Energético do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos de Energia e presidente da Algás (Gás de Alagoas S.A.), encerrou os painéis com a exposição “Desafios energéticos nos caminhos do desenvolvimento”. Ele apresentou os projetos em andamento em Alagoas e elencou o que considera as grandes questões brasileiras nessa área. Entre elas, estão o fim das concessões no setor elétrico, os royalties do pré-sal, as rodadas de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a criação de um plano nacional de eficiência energética.

        Ao final do encontro, os participantes aprovaram a Carta de Maceió, que reafirma o compromisso da CNTU com o desenvolvimento e a inclusão social, a educação e um programa energético sustentável. O documento está disponível no site www.cntu.org.br.

 

 

 

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