logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 71

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

25/06/2015

Em homenagem, engenheiros e arquitetos lembram precarização na PMSP

Durante a reunião da diretoria plena do SEESP, de 25 de junho, engenheiros e arquitetos da Prefeitura de São Paulo foram homenageados por conta da campanha de doação de sangue realizada no dia 12 último. Emocionados, os servidores agradeceram o apoio e lembraram a situação precária dos servidores municipais.


 


Fotos: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
homenagem 1


De acordo com o delegado sindical Sergio Souza, que compôs a mesa, a mais recente ação do grupo beneficiou pelo menos 230 pessoas atendidas pelo hemocentro do Hospital São Paulo.

Souza agradeceu ao presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, pelo apoio e em especial ao assessor Carlos Hanickel, que “sempre nos apoiou de forma incondicional nas passeatas, greves, mobilizações, nas faixas, na condução política”.

Ele exaltou a união das duas categorias que vêm desde o início da atual gestão realizando uma séria de mobilizações pela valorização das carreiras e pela recomposição salarial

“Pela primeira vez essa união está acontecendo dentro do município de São Paulo. Efetivamente, somos vencedores, doamos o sangue pela categoria e depois doamos sangue para no mínimo 230 pessoas. Estão todos de parabéns, foi emocionante todo aquele dia e nos dias posteriores quando outros ainda foram até o Hospital São Paulo", exclamou Souza.

O presidente do SEESP lamentou a defasagem salarial e o texto do projeto de lei enviado pelo executivo municipal, que “precisa de ajustes”. Para ele, é inadmissível que um profissional com 25 anos, 30 anos de carreira volte ao meio da carreira, como está proposto na tabela do PL. ´”É preciso classificar os cargos como engenheiro e arquiteto”, afirmou.

O vereador Eliseu Gabriel (PSB), presente na mesa feita especialmente para a cerimônia, lembrou da vitória dos servidores de serem retirados da lei que instituiu a remuneração por subsídio para boa parte do funcionalismo e de terem um projeto próprio de carreira, e fez coro com Pinheiro: “Alguns de nós (vereadores) batemos o pé que não votaríamos alguns projetos enquanto não chegasse o projeto de vocês. E assim fizemos. Agora, temos a obrigação e dever de colocar o título de engenheiro (e arquiteto) no texto para não virar uma bagunça. Os engenheiros têm um papel decisivo nesta prefeitura”, destacou Gabriel.


homenagem 2

Outro vereador presente que lembrou a luta das categorias nas galerias da Câmara foi Mario Covas Neto (PSDB). “A pressão com os vereadores é fundamental. Quando há movimentação nas galerias as mudanças acontecem”, declarou Mario Covas Neto, que destacou a doação de sangue. “Foi um gesto bonito esse da doação de sangue. Quem sabe a prefeitura se sensibilize e doe um pouco mais a vocês”, completou.

Adilson Amadeu (PTB) lembrou que a prefeitura tem beneficiado algumas categorias em detrimento de outras. “Eu sempre defendi e defendo que os auditores (fiscais) devem esperar um pouco para que os engenheiros possam ter sua carreira valorizada. Por que eles foram muito privilegiados na administração passada e agora vêm galopando para ter muito mais e os senhores ficaram para trás”, recordou Amadeu.

Depoimentos
Além das manifestações de apoio e agradecimento da mesa, alguns servidores na plateia também falaram. Com os olhos marejados, a arquiteta Taisa da Costa Endrigue,35 anos, fez questão de demonstrar sua gratidão pelo apoio recebido do sindicato e dos vereadores: “Tenho 9 anos de prefeitura e ainda sou considerada inicial de carreira e estou tendo grande prejuízo com esse PL do Executivo. Então, não são somente os iniciais que são privilegiados com esse PL. Também serei prejudicada”.

O engenheiro civil Gilberto Coelho Hardagh, 59, lamentou que depois de 35 anos de dedicação não vai evoluir em nada na carreira. “Após sete anos sem reajuste salarial me deparo com essa proposta que me mantém no mesmo lugar. É isso que me resta?”, indagou Coelho.

Ele lembrou que além dos filhos, esposas e maridos, os trabalhadores têm ainda despesas altas com os pais, que são idosos: “Os remédios são caros e a administração não oferece assistência médica. Enfim, a situação é crítica”.

Claudio de Campos, 47, há nove anos é arquiteto concursado. Atualmente na Secretaria de Coordenação das subprefeituras, lembrou que a grande preocupação das categorias é poder assumir efetivamente “a função dos servidores, que é melhorar a vida das pessoas do ponto de vista do desenvolvimento urbano”. “Mas para que a gente possa fazer isso com tranquilidade precisamos suprir as nossas vidas, das nossas famílias. Temos que ter condições financeiras para oferecer a população o nosso melhor desempenho”, indignou-se.


homenagem 3

 

Após ouvir os relatos, o presidente do SEESP fez questão de encerrar a homenagem com uma fala contundente, lamentando a tristeza e a indignação dos servidores presentes. “Não poderíamos de forma nenhuma escutar isso. O engenheiro não pode ser colocado dessa forma. Não podemos conduzir a maior cidade do País e uma das maiores do mundo com essa fala (situação). Essa fala é muito difícil para nós”, declarou.

 

Confira os depoimentos em vídeo:

         



Deborah Moreira
Imprensa SEESP





Lido 4578 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Comentários  
# Engºs da PMSP e SEESPMARILIA 05-07-2015 14:08
SEESP ajuda engºs da PMSP
Responder
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda