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04/03/2015

Engenheiros participam de debate sobre crise energética na Câmara

Na manhã de quarta-feira (4/3), aconteceu sessão da comissão geral da Câmara dos Deputados que trata da crise energética e hídrica no País. O presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, foi um dos participantes da atividade, assim como o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga. Este último afirmou que o setor elétrico brasileiro passa por um momento grave, mas que o risco de racionamento de energia é administrável. Segundo ele, o risco de racionamento de energia nas regiões Centro-Oeste e Sudeste hoje é de 6,1% (1,1 ponto percentual acima do risco estrutural mínimo calculado para o sistema, que é de 5%).


Fotos: Paula Bortolini
Murilo fala editado 
Pinheiro fala ao Plenário da Câmara sobre comprometimento da engenharia nacional com o País 


Pinheiro, em sua fala ao Plenário, colocou a engenharia brasileira à disposição para ajudar a enfrentar os problemas por que passa o País e disse que a questão principal nas áreas de energia e de recursos hídricos é a falta de planejamento e investimentos. Especificamente sobre o modelo energético brasileiro o dirigente da FNE destacou que deveria ser revisto e ser cobrado mais recursos privados no sistema. Em referência aos recursos hídricos, Pinheiro propôs uma “força tarefa” para reverter a perda da água que chega a mais ou menos 30% em todo o território brasileiro.

O presidente da federação mostrou ao plenário que a engenharia nacional está imbuída em ajudar o País a resolver questões que afetam diretamente a vida da sociedade. Por isso, entregou o projeto Cresce Brasil ao ministro Eduardo Braga e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Dentro desse esforço, a entidade realiza, nos dias 12 e 13 de março, o seminário “Água e energia”, na Capital paulista, onde reunirá especialistas e técnicos para discutir e definir propostas de encaminhamento.


Murilo ministro CresceBrasil
Ministro Eduardo Braga recebe projeto Cresce Brasil

Exposição - Agência Câmara de Notícias
Conforme o ministro, o risco é menor hoje do que na crise de 2001, quando chegou a 14,8%. 
De acordo com ele, o nível de chuvas em janeiro de 2015 é o pior dos últimos tempos e, durante todo o ano de 2014, a média de chuvas foi muito ruim. Com isso, em 2014 houve uma redução drástica da reserva dos reservatórios de água. “Gostaríamos de ter mais chuvas”, disse. “Mas, em 2015, mesmo estando com os reservatórios abaixo dos níveis de 2001 (no Sudeste chega à metade), estamos conseguindo manter o fornecimento de energia, em função da robustez do sistema e da segurança energética.”

O ministro explicou que, em comparação com 2001, houve não só um aumento da capacidade de geração de energia do País, como a diversificação do modelo de geração, especialmente a partir de 2010. Ele destacou o investimento em usinas térmicas, biomassa, energia eólica e geração fotovotáica (solar).

Crise de janeiro
Em relação à falta de energia no Sudeste em 19 de janeiro, o ministro reiterou que houve “limitação no escoamento da energia do Norte para a região Sudeste, fazendo com que sistema tivesse que cortar carga para reeestabelecê-la em 38 minutos.

Porém, segundo ele, é justamente o fato de o Brasil hoje dispor de um sistema elétrico que interliga as diversas bacias hidrográficas que dá a possibilidade de poder administrar o setor. “Isso tornou o nosso setor muito mais robusto, comparado a 2001”, afirmou. Conforme Braga, os intercâmbios internacionais de energia também vêm crescendo, por exemplo, com Venezuela, Paraguai, Argentina e Uruguai, dando mais segurança ao setor.

Ações
Entre as ações em andamento, para administrar o momento de crise, Braga citou a recuperação dos atrasos na implementação de usinas e nas obras de transmissão, para aumentar ainda mais a capacidade de intercâmbio entre as diferentes regiões. Segundo ele, existem 105 obras em andamento neste ano.

O ministro afirmou ainda que os projetos de diversificação da matriz energética continuam (19 projetos de hidrelétricas, 34 termoelétrica, 420 eólicas, 31 fotovotáicas) e que o governo vai cumprir o calendário de leilões de energia previstos para este ano. “Já fizemos o primeiro leilão de 2015, de fontes alternativas de energia. Tivemos uma adesão muito importante, com 570 projetos habilitados”, disse.

O próximo leilão acontecerá em abril. Ele também citou, entre as ações do governo federal, a desoneração do PIS e Confins para energia fotovotáica.

Desperdício
Por fim, o ministro destacou a necessidade de participação do consumidor no momento de crise. “Não desperdiçar energia é inteligente para o setor elétrico e para o próprio bolso”, afirmou. Braga acrescentou que “definitivamente estamos num novo ritmo hidrológico no nosso País e de uma mudança no clima na Terra, fruto da relação homem-natureza”.


 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP
Com colaboração da jornalista Renata Dias/In Press Oficina








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