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08/09/2014

Catadores aprendem a consertar computadores na Poli-USP

Durante as duas últimas semanas, 12 catadores de material reciclável participaram de um curso na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) onde aprenderam a consertar computadores. A ideia é que, ao receberem o descarte destes equipamentos nas cooperativas, eles estejam aptos a testar o aparelho e, se for possível, realizar o conserto para posterior comercialização.

A iniciativa faz parte da segunda etapa do Projeto Eco-eletro, idealizado pelo Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) da Poli e pelo Instituto GEA Ética e Meio Ambiente. Na primeira etapa, finalizada em 2012, cerca de 180 catadores de diversas cooperativas aprenderam a desmontar os computadores, separar as peças e as placas, levando a um aumento do valor agregado na venda.


Foto: Agência USP de Notícias
Catadores Poli 
Se um catador consertar um computador que foi descartado na cooperativa
e remanufaturá-lo, a estimativa de ganho é de R$40,00 por quilo

 


Nesta nova etapa, os alunos que tiveram um melhor desempenho no projeto anterior foram selecionados para o curso de remanufatura. O primeiro curso da segunda etapa terminou nesta sexta-feira, dia 5 de setembro. Agora, os catadores poderão replicar esse conhecimento ao compartilhar com os outros cooperados os ensinamentos adquiridos nas duas últimas semanas.

“Se um computador for vendido inteiro, como sucata de ferro, o catador terá um lucro de R$0,30 por quilo. Ao desmontar o equipamento e separar as peças e as placas, o ganho sobe para R$3,00 o quilo. Agora se o catador consertar o computador que foi doado para a cooperativa e remanufaturá-lo, o ganho é de R$40,00 por quilo”, explica o pesquisador do LASSU e professor do curso, Walter Akio Goya.

Para chegar a este valor, Goya conta que os pesquisadores do Lassu e do Instituto GEA fizeram o seguinte cálculo: um computador usado, funcionando, é comercializado, em média, por R$200,00. Esse valor foi dividido pelo peso aproximado do equipamento (5 quilos), chegando ao valor de R$40,00. “Utilizamos esta métrica para demonstrar a evolução do valor agregado de cada material”, conta.

Além de aumentar a renda de catadores, o projeto também ajuda na conservação do meio ambiente: computadores e outros equipamentos eletrônicos contêm substâncias que podem contaminar as pessoas, os animais e a natureza, como metais pesados (chumbo, cádmio e mercúrio) e outros elementos tóxicos. Por isso, o descarte nunca deve ser feito no lixo comum.


 

Fonte: Agência USP de Notícias









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