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19/02/2010

Sobram vagas

       Em editorial, jornal volta a falar da escassez de mão de obra qualificada em áreas estratégicas como Engenharia e Farmácia e da necessidade de investimentos para a educação e formação de profissionais
       Não se deixam para trás com a facilidade vendida por discursos ufanistas mais de duas décadas de crescimento econômico muito baixo.
       Não há dúvida de que políticas econômicas responsáveis, no âmbito interno, e uma conjuntura externa favorável ajudaram o país a superar alguns dos constrangimentos que limitavam sua capacidade de crescimento. Mas os custos da estagnação e da falta de investimentos públicos do passado ainda se fazem presentes na péssima infraestrutura do país, por exemplo, ou na escassez de mão de obra qualificada.
       Dados do Sine -uma rede pública de agências de emprego, associada ao Ministério do Trabalho- mostram que apenas 39% das vagas ali oferecidas em 2009 foram preenchidas. Em 2008, na mesma rede, 42% haviam sido ocupadas; no ano anterior, 48%.
       Ou seja, mesmo com um índice de desemprego ainda relativamente alto, de 8,9% no ano passado, o país vive o paradoxo de criar vagas e não encontrar profissionais que as preencham. A explicação, dizem as empresas, está sobretudo na escolaridade precária dos trabalhadores.
       O fenômeno já se fazia sentir com força, no final de 2009, na procura por engenheiros. Agora se vê que a carência de profissionais se espraia para vários níveis de formação -sobram vagas para farmacêuticos mas também para eletricistas e torneiros.
       Trata-se de um problema grave, para o qual não há solução simples nem imediata. A rede educacional do país, com suas falhas e distorções distribuídas do ensino fundamental à universidade, mostra-se incapaz de oferecer ao mercado de trabalho mão de obra competente.
       Sempre presente de forma retórica no debate público, a educação parece fadada, neste ano, a finalmente ocupar posição de real destaque na campanha para a Presidência.
       Em contraste com as generalidades do passado, espera-se que os candidatos digam o que planejam, de forma específica, para um setor estratégico para o país.

FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
18/2/2010
http://www.fne.org.br

 

 

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