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12/03/2012

Engenheiro critica “dilapidação” do transporte ferroviário no País

“É visível a dilapidação progressiva do sistema de transporte de cargas sobre trilhos, demonstrada pelo fechamento de 50% da malha, pelas condições de degradação da via permanente, pelo envelhecimento da frota de locomotivas, pelo estado deplorável de estações e oficinas abandonadas e pela redução do número de clientes.” Esta é a opinião do engenheiro civil Paulo Sidnei Ferraz, que tem mais de 33 anos dedicados ao sistema de transportes do Brasil e trabalhou na RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), de Curitiba, de 1997 a 2003.

Paulo Ferraz afirma que os números que vêm sendo apresentados pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e pela ANTF (Associação Nacional de Transportadores Ferroviários) não refletem a realidade do transporte nos trilhos no Brasil. “Essas entidades dizem que a participação do modal ferroviário na matriz de transporte atingiu 25%. Mas tanto os anuários estatísticos pela GEIPOT (Empresa Brasileira de Planejamento dos Transportes), como os relatórios da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) demonstram que houve uma redução do percentual da movimentação de cargas pelos trilhos da ordem de mais de 11%.”

A mudança na matriz de transporte do Brasil é destacada como uma das prioridades pelo projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros). A ferrovia e a hidrovia, que consomem combustíveis baratos e abundantes e são ambientalmente muito mais limpas, deveriam prevalecer no transporte de carga, com participação de 40%, aponta o projeto “Cresce Brasil”.



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