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13/04/2020

Sindicalismo reforça atuação para preservar emprego e renda

Agência Sindical

A pandemia do coronavírus avança e deve atingir o ápice em breve. Apesar dos alertas das autoridades, as iniciativas do governo federal não enfrentam de forma correta a crise social decorrente da pandemia e jogam nas costas do trabalhador o impacto econômico causado pela Covid-19. Entre tais ações, a Medida Provisória 936 autoriza suspender contratos e achatar salários, por acordo individual patrão-empregado, desobrigando a presença sindical nas negociações. Uma liminar do Supremo Tribunal Federal desautoriza o abuso, mas é preciso que a mesma seja confirmada no plenário da Corte. Decisão deve sair dia 16.

 

 

patah negociaPresidente dos Comerciários de SP, Ricardo Patah, e vice Gonzaga, se reúnem com empresários.

 


Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), informa que a central tem orientado os sindicatos a intensificar a ação nas bases, bem como alerta o setor patronal da inconstitucionalidade da medida provisória. “A Constituição garante que não pode haver acordo de redução salarial sem mediação sindical”, afirma.

Metalúrgicos
Segundo Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP, filiada à Força Sindical, a orientação geral sempre foi lembrar ao patronato que a negociação deve ser mediada pelos sindicatos. “A decisão do ministro Lewandowski reforça a participação sindical e mostra o acerto do que temos proposto”, observa.

O dirigente conta que no setor metalúrgico a maioria das empresas tem feito acordos coletivos de licença remunerada, férias coletivas e redução salarial e de jornada sempre com a participação sindical. “A redução de jornada tem sido sempre maior que a salarial. Pra não prejudicar o trabalhador”, destaca.

Comércio
Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, informa que a entidade segue fechando acordo por empresa. Ele adianta: “Neste momento, estamos em negociação com o setor de supermercados”. O dirigente, que também preside a UGT, explica que as Centrais se reúnem com frequência pra alinhar posições e padronizar acordos em suas bases. “Hoje, 70% do comércio está fechado e isso gera impactos. Mas faremos tudo pra preservar o emprego e a renda dos companheiros”. Ele completa: “Só o Sindicato tem capacidade de manter mais equilibrada a balança capital-trabalho”.

O momento dramático exige firmeza, agilidade e coordenação das direções, em defesa das categorias. As centrais formaram uma espécie de comando sindical, por meio do qual articulam ações, participam de videoconferências entre si, com entidades patronais, governadores e membros do Congresso Nacional.



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