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19/08/2019

A inteligência artificial e os “engenheiros-filósofos”

 

Comunicação SEESP/Foto: Beatriz Arruda

 

Realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) em 16 de agosto, no auditório do SEESP, a 14ª Jornada Brasil 2022 trouxe um tema inusitado: “Inteligência artificial, pensamento e imaginação”. A abordagem coube a Marta Rezende, economista, pesquisadora em filosofia da técnica e colaboradora da CNTU.

Ela iniciou sua preleção destacando a importância de se pensar além da questão da infraestrutura. “Não que não seja a base”, mas, como defendeu a palestrante, há outros aspectos a serem considerados. “Sou a favor da divisão de conhecimentos, mas temos que ter a capacidade de compreender que tudo se conecta em algum momento”, frisou.

Nesse contexto se inseririam os “engenheiros-filósofos”, comentou Rezende, citando o filósofo iraniano Reza Negarestani, “altamente crítico do sistema capitalista, que chama de lama”. “Seriam os engenheiros da computação.” Negarestani introduziria, assim, uma nova ciência da engenharia cognitiva – em que se enquadraria a inteligência artificial.

 

Marta Rezende: tudo se conecta em algum momento.

 

Sob tal ótica, Rezende defendeu o uso sustentável das tecnologias, em que o foco seja o atendimento às necessidades humanas e a eliminação da exploração e opressão. Soluções que precisam ser pensadas conjugando-se ideias e possibilidades, em um “fazer que se realiza no coletivo”. O contrário do que prega a “religião do capitalismo” em que supremo é o “deus dinheiro”, que não aceita limites. “É preciso sair da irracionalidade estúpida através da celebração da vida”, complementou.

 

 

 

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