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04/04/2019

Engenheiros e cientista da computação criam startup de sucesso, a CUBi Energia

Rosângela Ribeiro Gil

Oportunidades na Engenharia

 

Os engenheiros ambientais Rafael Turella e Ricardo Dias e o mecatrônico Bruno Scarpin mais o cientista da Computação Tiago Justino se tornaram mestres em diferentes cursos pelo Rochester Institute of Technology (RIT), em Nova York, em 2016. Todos foram bolsistas do programa federal brasileiro Ciência sem Fronteiras. De volta ao País, eles trouxeram “na mala” uma ideia que deu certo, a CUBi Energia, uma startup que atua no segmento de monitoramento energético. Já em 2017, o empreendimento alavancou R$ 400 mil por meio do edital de inovação para a indústria do Sesi/Senai/Sebrae para compor um projeto que totalizou cerca de R$ 1 milhão.

 

600 CUBi equipeDa esq. para a dir.: Ricardo Dias, Tiago Justino, Rafael Turella e Bruno Scarpin em busca da inovação constante. Foto: Divulgação.

 

Entrevistamos o engenheiro ambiental Rafael Turella, um dos cofundadores da CUBi, sobre como a startup chega em 2019 e como segue daqui para frente.

 

De 2017 para cá, como a CUBi Energia vem se posicionando no mercado?
As coisas mudam muito rápido quando falamos de uma startup. Esse é um dos benefícios de se ter autonomia na hora de tomar decisões. Eu e meus sócios estamos em constante evolução, sempre nos adaptando ao que aprendemos quando estamos com a mão na massa no mercado. Passamos de protótipos em 2017 para um produto totalmente comercial em 2019. Foi uma longa jornada e a expectativa é que nosso faturamento esse ano seja em torno de 12 vezes maior do que no ano passado.

 

Não só em serviços, mas temos realizado um trabalho muito forte na geração de conteúdo de qualidade para orientar consumidores de energia, estudantes e profissionais da área. A nossa newsletter, que traz comentários sobre as notícias mais relevantes do setor e que é enviada mensalmente de forma gratuita, cresceu mais de 1.000% em 2018.

 

Recebemos incontáveis contatos em nosso site buscando auxílio na hora de reduzir as mais variadas contas de energia, e mesmo os que não são nosso público-alvo e/ou que não iremos atender, fazemos questão de orientar para que encontrem algum resultado. Afinal, o objetivo da empresa é ser referência no tema de eficiência energética e ajudar o País a desperdiçar menos recursos energéticos.

 

Todos fundadores da startup continuam firmes?
Todos meus três sócios fundadores, o Bruno Scarpin, Ricardo Dias e o Tiago Justino, seguem firmes e fortes acreditando no potencial da empresa.

 

Existem projetos novos sendo pensados para a CUBi?
Difícil falar sobre novos projetos dentro da CUBi sendo que tudo que fazemos é repensado todos os dias. Se percebemos que cometemos um erro ou que deveríamos estar indo em outra direção, o fazemos com agilidade, tornando assim a CUBi um projeto que é sempre novo. Estamos sempre testando novas maneiras de entregar valor, seja por mudanças em nossos produtos, em parcerias com universidades federais e seus alunos bolsistas ou até diferentes parceiras comerciais.

 

O produto que entregamos hoje não é o mesmo do mês passado que por sua vez não é o mesmo que do ano passado e assim por diante. Quanto mais terreno percorremos ou pessoas conhecemos mais nosso serviço evolui.

 

Um acontecimento que nos ajudou muito nessa jornada de desenvolvimento tecnológico foi o Edital de Inovação para a Indústria do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Fomos contemplados em 2017 e o projeto durou todo o ano de 2018 onde o Senai aportou R$ 400.000 a fundo perdido na CUBi em um projeto que totalizou quase R$ 1 milhão. Um parceiro técnico como o Senai foi muito bem-vindo.

 

Como você percebe a relação empreendedorismo e engenharia no País?
Nos últimos dois anos, tivemos um avanço considerável das comunidades de startups e inovação Brasil afora. No caso da CUBi, pertencemos à comunidade da cidade de São Paulo, a ZeroOnze que incentiva cada vez mais os empreendedores, e cria mecanismos e eventos para educar seu público e ajudar quem precisa – engenheiros, inclusive.

 

No entanto, devo dizer que tenho a impressão de, cada vez menos, me deparar com engenheiros no mundo das startups e muito mais com pessoas vindas de outras profissões. Os engenheiros empreendedores que me vêm à cabeça optaram por negócios um pouco mais tradicionais, especialmente consultorias, onde mantêm a linha do conhecimento que já aplicavam em suas experiências de trabalho anteriores, o que é também excelente. Para mim, qualquer pessoa que consegue manter um negócio rodando e entregando valor para seus clientes já é um herói/heroína. Empreender não é fácil.

 

Você complementaria alguma coisa com relação à formação do engenheiro para as novas atuações da profissão?
O engenheiro pode ser uma carta coringa, mas para poder concorrer com outros profissionais na hora de buscar uma vaga em uma startup ou criar a sua própria, precisa estar preparado com habilidades que (pelo menos na minha época) não eram ensinadas na faculdade.

 

Breve currículo da equipe
Rafael Turella – Engenheiro Ambiental formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pela Universidad Miguel Hernandez, Elche - Espanha, mestre em Sistemas Sustentáveis formado pelo Rochester Institute of Technology, NY - USA. Trabalhou em melhorias de processos e logística na GE Power and Water Brasil e como consultor em serviços de sustentabilidade e mudanças climáticas pela Ernst&Young. Agora atua  em soluções de energia e sustentabilidade na CUBi.

 

Ricardo Dias – Engenheiro Ambiental e Urbano formado pela Universidade Federal do ABC (UFABC), mestre formado pelo Rochester Institute of Technology, NY - USA com uma extensão pelo Skidmore College, NY - USA no programa do New York Executive Clean Energy Leadership Program. Trabalhou no setor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem por 3 anos e agora atua em soluções de energia e sustentabilidade na CUBI.

 

Bruno Scarpin – Engenheiro Mecatrônico (Escola Politécnica, USP). Mestre em Sistemas Integrados de Manufatura (Rochester Institute of Technology), Lean Six Sigma Green Belt (Rochester Institute of Technology). Trabalhou como pesquisador em processos de manufatura para Embraer. E agora atua como coordenador de tecnologia na CUBi.

 

Tiago Justino – Cientista da Computação formado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Mestre em Interação Humano-Computador pelo Rochester Institute of Technology. Trabalhou com User Experience na Hewlett Packard. Tem experiência em interação humano-computador (HCI), sistemas móveis e embarcados e engenharia de software. Realizou pesquisa acadêmica na Austrália. Agora atua como engenheiro de Software na CUBi.

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Comentários  
# Mercado de TrabalhoComunicação SEESP 08-04-2019 17:33
Prezado Eng. João Medeiros, a área de Oportunidades na Engenharia do SEESP (http://bit.ly/2OZMECS) entrará em contato para atendê-lo da melhor forma possível.
Responder
# Engenheiro CivilJoão J. M. Medeiros 08-04-2019 17:21
Gostaria que o SEESP, comentasse à respeito do mercado de trabalho do engenheiro civil, das vagas disponíveis e cursos de aperfeiçoameto e ou complementares. Se pudesse enviá- los via e-mail facilitaria e muito, pois creio que esta tipologia da engenharia está muito ruim, muitos profissionais e poucas vagas disponíveis. Estou em transição no mercado a um ano e sete meses. Estarei aguardando alguma informação pertinente ao descrito
Engº João J. M. de Medeiros
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