logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

15/03/2019

Reforma previdenciária aumenta desigualdades e dificulta aposentadoria sobretudo das mulheres

Comunicação SEESP

 

Em sua estreia em novo dia, agora às quartas-feiras, o programa Repórter Sindical na Web, da Agência Sindical, desta semana (13/3) entrevistou a coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, para falar sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019) e como ficam as mulheres nesta proposta.

 

A economista deixou claro que a proposta é ruim para todos, mas de forma mais nefasta às mulheres, e que o texto é “deslocado de um contexto de proteção social e do mercado de trabalho”, ou seja, fora da realidade do trabalhador brasileiro.  A reforma, afirmou Pelatieri, “desmonta todo conceito de proteção social”.

 

Um dos pontos abordados na entrevista foi a ampliação do tempo de contribuição que, bem frisou a especialista, tem que ser “comprovado, não apenas de trabalho”. Pelatieri avaliou que muitos não conseguirão comprovar o tempo necessário para se aposentar levando em conta a desestruturação do mercado de trabalho, cenário este resultante da reforma trabalhista.

 

“Considerando que o trabalhador médio no Brasil contribui nove meses no ano e, ainda, 50% dos trabalhadores do País não conseguem comprovar seis meses de contribuição, estamos falando de 60 anos de trabalho”, ela argumentou. Neste sentido, a coordenadora do Dieese apontou que a reforma amplia “uma desigualdade (social) que já acontece na vida ativa e vai ficar ainda pior na inatividade”.

 

Quanto às mulheres, que sofrem com condições piores de trabalho, salários inferiores, além da sobrecarga da dupla ou tripla jornada, serão ainda mais prejudicadas. Pelatieri explicou que hoje as mulheres já se aposentam mais por idade e têm um benefício em torno de 30% menor do que a média dos homens. “Essa reforma vai piorar ainda mais excluindo parcela significativa das trabalhadoras da possibilidade de se aposentar”, denunciou.

 

Confira a entrevista completa:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lido 1743 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda