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30/08/2018

Mariana quer uma engenharia inclusiva

 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

 

Mariana Antunes tem 21 anos de idade. Uma jovem já com boas e firmes posições para que tenhamos um mundo melhor. Ela é graduanda, do sétimo período, de Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.


Foto: Arquivo pessoal
700 Mariana 4A estudante mineira quer uma profissão mais aberta, democrática e que respeite as diversidades.

Sua aproximação com a área, conta, começou quando fazia o curso técnico em Edificações concomitante ao ensino médio no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), campus Congonhas. “Desde então me encontrei e me apaixonei pela área de construção civil.”

 

Como observa Mariana, o País passa por diversos impasses, inclusive em relação às engenharias, ressalta. “Creio que a nossa área, dando enfoque à Civil, consegue contribuir para melhorar a situação principalmente ao que se refere à infraestrutura, mas também na questão de moradias e em relação a estradas e deslocamentos”, ensina. Para ela, o profissional da área, seja qual for a sua modalidade, “é preparado para resolver problemas e indicar soluções. Por isso, temos o direito bem como a obrigação de contribuir para a melhoria do nosso País”.

 

A nossa estudante tem consciência de que, historicamente, a engenharia foi dita como profissão para homem, assim como outras ocupações. “É uma divisão sexual que não condiz à realidade”, pondera. Ela prossegue: “Como mulher, antes mesmo de me tornar estudante de Engenharia, sempre discordei dessa ideia afirmando que ‘lugar de mulher é onde ela quiser'."

 

Mariana aponta que “ainda não temos muita representatividade feminina na área como deveríamos, mas o cenário atual já é melhor do que o da geração passada e espero que continue melhorando nos próximos 20 anos”. Tal cenário não virá do nada, atesta ela, “nós, mulheres, devemos continuar lutando para conquistar nosso lugar na Engenharia. Ser mulher e cursar e/ou exercer engenharia não é fácil. Muitas vezes amigas minhas, também graduandas, me relatam discursos machistas, misóginos ou LGBTfóbicos que sofreram dentro de seus campi”, lamenta.

 

A estudante mineira diz que a UFJF, em datas comemorativas, faz campanhas afirmativas e inclusivas espalhando pôsteres sobre mulheres, racismo e LGBTfóbicos. “Isso fortalece nossa luta e nos faz acreditar que não estamos sozinhas. Porém, mesmo assim é possível escutar comentários desagradáveis nos corredores. Precisamos de mais mulheres, negras, lésbicas, bissexuais e transexuais na Engenharia.”

 

Mariana tem bastante interesse pela área acadêmica. “Pretendo seguir com pós-graduação stricto sensu para ingressar no meio docente e de pesquisas.”

 

Sucesso, Mariana!

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