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05/06/2018

Isitec: histórico e situação atual

 

Após anos debatendo a necessidade de o Brasil avançar a sua industrialização, o que exige ganhos de competitividade e, necessariamente, maior produtividade e inovação, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) tomou uma decisão fundamental: criar uma escola de engenharia que atendesse a essa demanda.  


À época,estava em pauta a necessidade de se formarem mais profissionais qualificados para dar conta dos desafios do desenvolvimento nacional, mas, sobretudo, qual o perfil e as competências que esses quadros técnicos deveriam ter. Na avaliação do SEESP, construída após inúmeras discussões com a categoria em todo o Brasil, especialistas e representantes do setor produtivo, o engenheiro precisa ir além de uma essencial sólida formação técnica. Ele deve ser capaz de empreender e inovar, compreender a realidade sociopolítica e econômica à sua volta e no mundo, produzir de forma colaborativa, saber se comunicar e, principalmente, assimilar a ideia da aprendizagem constante e para a vida toda.


Com essa orientação, surgiu, em 2011, o Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), tendo o SEESP como entidade mantenedora. A partir daí, foi formatado um curso que pudesse oferecer ao mercado um profissional apto a buscar as soluções necessárias ao nosso desenvolvimento.

 

Curso gratuito de excelência

Esse esforço resultou na graduação em Engenharia de Inovação, com 4.620 horas de carga total e uma matriz curricular que inclui, além das disciplinas básicas, técnicas e científicas da área, formação empresarial e aprofundamento profissional.  A elaboração do projeto pedagógico do Isitec abrangeu ainda o debate sobre a forma de ensinar engenharia, que também precisa ser inovadora, e a capacitação do corpo docente para essa visão. Por fim, foi projetada e providenciada a estrutura física compatível com esse objetivo.


Após o credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC), no final de 2013, mais um passo nessa empreitada foi dado com a proposta de um processo seletivo diferenciado e a decisão de oferecer bolsas integrais aos aprovados. A ideia era atrair ao Isitec bons alunos interessados em aprender e produzir, e não apenas os que poderiam arcar com as mensalidades de uma graduação de alto nível.


Percorrido esse longo e desafiador caminho, em 2015, teve início o primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação do País, oferecido pela primeira faculdade criada por uma entidade sindical, numa iniciativa duplamente pioneira.  O sucesso do projeto foi comprovado: os estudantes viveram a aventura incomparável da descoberta e do conhecimento de alto nível; a direção e o corpo docentecomprovaram na prática a possibilidade de uma forma inovadora de lecionar, sem que se abra mão da qualidade.

 

Interrupção

Assim, estava efetivamente em marcha uma experiência ousada, mas cuidadosamente planejada para obter êxito. Ao final de 2019, chegariam ao mercado os primeiros engenheiros de inovação do Brasil.Tal realização iria muito além das justas lutas corporativas em defesa da categoria representada pelo SEESP, simbolizandoo firme propósito da entidade de contribuir com a construção de um país desenvolvido, justo e soberano.


No entanto, lamentavelmente, tal iniciativa está prestes a ser interrompida devido a graves dificuldades financeiras enfrentadas pelo sindicato, que não tem mais condições de custear o Isitec.


O problema foi gerado pela queda brutal na receita causada pela reforma trabalhista implantada pela Lei 13.467/2017. Além de retirar inúmeros direitos, as alterações feitas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) submeteram a contribuição sindical a autorização prévia e expressa. Seguindo as novas regras estabelecidas, o SEESP realizou assembleia da categoria na qual a contribuição foi autorizada coletivamente. Isso foi comunicado inúmeras vezes às empresas e divulgado aos profissionais por vários meios.


Apesar de tomadas todas as providências, o efeito prático foi uma redução drástica nas receitas em relação à previsão orçamentária do sindicato, o que inviabiliza manter a estrutura do Isitec.


Providências

Diante dessa situação, ao longo do primeiro semestre de 2018 foram buscadas inúmeras e diversas alternativas para manter o Isitec funcionando, tais como investidor que possibilitasse a continuidade do projeto e instituições de ensino que assumissem a função de mantenedoras.

Infelizmente, nenhuma delas prosperou e o fechamento do curso de Engenharia de Inovação tornou-se inevitável. A partir da constatação dessa realidade, tiveram início diversas iniciativas, tanto junto ao MEC como a outras instituições de ensino, para que os alunos possam ser realocados, nas condições mais adequadas possíveis.


A despeito disso, continuam os esforços para que os problemas sejam superados e o Isitec se mantenha em sua caminhada, como é de pleno conhecimento de toda a comunidade que forma a instituição, alunos, professores e funcionários.

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Comentários  
# Engenheiro CivilJosé Augusto de Mora 06-06-2018 21:12
Que pena, vamos lutar até o fim.
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