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09/05/2018

Propostas para garantir os engenheiros que São Paulo precisa

 

 

Soraya Misleh/Comunicação SEESP

Foto: Site da Prefeitura de São Paulo

 

Reivindicação antiga do SEESP, deve ser finalmente aberto concurso público a engenheiros pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Conforme Luiz Rodrigues, delegado sindical da entidade junto à Prefeitura, hoje são cerca de 500 profissionais da categoria de um total de 1.217 técnicos (aí incluídos arquitetos e geólogos), cuja média de idade é de 52 anos. Seria preciso, de acordo com o SEESP, praticamente dobrar o quadro de engenheiros.

Publicada no Diário Oficial da Cidade em 4 de maio último, a autorização para concurso público, contudo, não alcança esse resultado. Segundo a divulgação oficial, a ideia é prover 118 cargos vagos a profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia e geologia em diversas secretarias.

 

 

Engenheiros da Prefeitura de São Paulo em curso de atualização no ano de 2015.

 

“Vimos o corpo de engenheiros da Prefeitura ser reduzido drasticamente nos últimos anos, devido à aposentadoria ou salários baixos até 2016”, explana Carlos Hannickel, assessor especial do sindicato. Naquele ano, mobilização alcançou importante conquista: carreira própria e reposição salarial – a categoria não tinha reajuste desde 2007. Os engenheiros seguem em luta e agora pretendem apresentar contribuições à elaboração do edital ao concurso público.

Deodoro Vaz, diretor adjunto do SEESP, aponta que "dados oficiais da relação engenheiros/população há 25 anos, idade de uma geração, período costumeiramente adotado em estudos sociais, poderiam ser a base referencial na reflexão da atual situação". Ele acredita que a quantidade de profissionais prevista no edital foi definida pensando-se "em pequena parcela de todos os trabalhos disponíveis vislumbrando o atendimento da população". E é categórico: "Precisamos parar de apagar incêndios e tratar efetivamente da questão."

 

Especialidades e valorização

Hannickel aponta entre as demandas a garantia de cumprimento do piso de nove salários mínimos vigentes no País para jornada diária de oito horas de trabalho (estipulado pela Lei Federal 4.950-A/66). Além disso, a contratação de profissionais de especialidades que o município necessita. “Faltam, por exemplo, engenheiros de segurança do trabalho. A Prefeitura não tem nenhum”, destaca o assessor especial. Diretor adjunto do SEESP, Fred Okabayashi atesta e complementa: “É ainda preciso garantir engenheiros civis com especialização em estruturas. Há somente um com essa habilitação, prestes a se aposentar. Além disso, não há engenheiros de obras para assegurar não só a qualidade do serviço, mas também a medição correta. E faltam engenheiros mecânicos e eletricistas de carreira em várias secretarias.” Carlos Eduardo de Lacerda e Silva, também dirigente do SEESP, destaca ainda a necessidade de engenheiros de minas para a gestão ambiental em pedreiras existentes na Capital.

Okabayashi critica a adoção de terceirização pela Prefeitura, “sem se preocupar com o futuro da cidade”, assim como a ausência de capacitação de jovens profissionais. “Não há instrumental, recursos, equipe”, lamenta. Para ele, a falta de vontade política reflete-se na não valorização da engenharia municipal e perda de quadros fundamentais sobretudo para melhorar a qualidade de vida nas periferias da Capital. À elaboração do edital para concurso público, ele salienta: “O sindicato vai trabalhar na diretriz de propor e ajudar a gestão municipal a tomar as decisões técnicas corretas.”

 

 

 

 

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