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01/03/2018

Juntos, pai e filha passam para curso de engenharia na Federal do Ceará

Comunicação SEESP*

Família que estuda junto permanece unida. Foi mais ou menos com essa intenção que pai e filha começaram a estudar juntos em 2012, numa escola pública de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Mais especificamente na comunidade indígena dos Tapeba, no bairro de Capua. O faxineiro João Monte Rodrigues, 52 anos, e a filha Ester Ferreira Rodrigues, 17, concluíram o Ensino Médio juntos e foram aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudarem na Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela em Engenharia Ambiental e ele, que diz que nem pensava chegar tão longe, ingressou em Engenharia de Petróleo.


Foto: Arquivo pessoal
ester e joao arquivo pessoal home
Ester e João Rodrigues estudaram Ensino Médio juntos e entram na mesma faculdade, no Ceará.


Fora da sala desde 1979, João Monte precisou deixar a escola para trabalhar na roça e confessou que faculdade era um "desejo, mas quase impossível". Voltou à sala de aula para obter a qualificação para procurar emprego "porque é o que as empresas pedem”.


A coordenadora pedagógica da Escola de Ensino Médio José Alexandre, Eunice dos Santos, onde João Monte estudou, acompanhou a dedicação dele aos estudos. “Normalmente, os alunos dessa faixa etária trabalham o dia todo e o aprendizado se torna mais complicado. Mas não foi o caso de João, que tinha interesse e assiduidade até maior que a de jovens”, conta.

Após a aprovação no Sistema de Selação Unificada (Sisu), a matrícula foi feita no começo de fevereiro, mas ainda não sabe se poderá cursar. Tudo depende se conseguir a assistência estudantil e obtiver a Bolsa Permanência (auxílio financeiro para indígenas e quilombolas). O curso de Engenharia de Petróleo tem grade curricular integral, com aulas durante o dia, onde cumpre expediente numa repartição pública. Felizmente, João integra uma parcela da população que tem direito a ações afirmativas para a população indígena e estudantes de escolas públicas. Agora, é torcer para que essa história termine bem. Ou melhor, continue com João engenheiro.


Com informações do jornal O Povo




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