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28/06/2017

Lixo na Baixada Santista

Os resultados das caracterizações físicas e gravimétricas de resíduos domiciliares realizadas nos nove municípios da Baixada Santista, que fazem parte do projeto de criação do Plano Regional de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos (PRGIRS), apontaram que as cidades com maior geração de resíduos úmidos (ou seja, orgânicos, rejeitos e sobras) foram Santos (72%), São Vicente (65%), Cubatão (64%), Mongaguá (63%) Peruíbe (61%) e Praia Grande (60%). O estudo que está sendo realizado pelo Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas do IPT apontou ainda as cidades de Bertioga (55%), Guarujá (55%) e Itanhaém (54%) como aquelas de menor geração de resíduos úmidos.

A caracterização da composição gravimétrica é feita para conhecer o percentual de cada componente presente em uma massa de resíduos e avaliar o potencial regional de reciclagem. A composição gravimétrica da geração média dos municípios da Baixada Santista apontou ainda uma predominância de materiais orgânicos (42%), vindo a seguir plástico (19%), rejeitos (17%), têxteis em geral (5%), papel (5%) e papelão (4%). Estes números representam a campanha de amostragem realizada pelo IPT na coleta regular de lixo durante a alta temporada (fevereiro de 2017).

Em abril de 2017 foi também realizada pelo IPT mais uma campanha de amostragem na Baixada Santista, que possui uma área de 2.420 quilômetros quadrados e abriga 1.765.431 habitantes, segundo dados da Fundação Seade de 2016. Essa segunda campanha foi realizada nas cooperativas de reciclagem, para os resíduos provenientes da coleta seletiva: os principais materiais presentes foram papelão (17%), vidro (15%), papel (11%) e metais ferrosos (6%).

A segunda caracterização não foi feita em Mongaguá porque um processo de transição de gerência da cooperativa estava em tramitação, com a implantação de um novo sistema de coleta seletiva; para Bertioga, foram aproveitados os dados do Projeto RSU Energia, tanto da caracterização da coleta regular quanto da seletiva feitos em janeiro e em abril de 2016, respectivamente.

Os critérios adotados para a caracterização em cada município foram adequados conforme a disponibilização de infraestrutura de trabalho, o espaço disponível para a homogeneização das amostras e a setorização dos municípios. A equipe do IPT procurou obter amostras que fossem representativas da geração de resíduos em todos os municípios. “Com exceção de Cubatão e São Vicente, que não possuem áreas de transbordo, foram obtidas amostras representativas de todos os setores, atingindo assim, uma abrangência de 100% da coleta”, explica a pesquisadora Fernanda Peixoto Manéo, do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas.

Os municípios com áreas de transbordo, que foram disponibilizadas para a execução do levantamento, foram Bertioga, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Santos – além disso, em Peruíbe, a caracterização ocorreu no aterro municipal. Em Praia Grande e em Mongaguá, houve dificuldade nos trabalhos devido à presença de catadores na área de transbordo – ainda assim, foi possível obter amostras intactas, mas de uma quantidade menor de caminhões. Em Itanhaém e em Peruíbe, uma quantidade menor de amostragem de caminhões foi obtida, mas também de todos os setores.

A caracterização física e gravimétrica faz parte da segunda etapa da elaboração do PRGIRS que deverá ser finalizada no próximo mês de julho. Esta semana, três oficinas microrregionais serão realizadas: a primeira acontece hoje, 21 de junho, na Praia Grande, e as outras duas amanhã, dia 22, no Guarujá, e no dia 23 em Peruíbe, para apresentar e discutir os primeiros dados levantados. Audiências públicas acontecerão no início de julho, quando os dados consolidados serão apresentados e avaliados pela sociedade de maneira participativa.

 

Reprodução de notícia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT)
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

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