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03/05/2017

Opinião - Vitória! Vitória! Vitória!

João Guilherme Vargas Netto*

O grande feito da jornada do 28 de abril (e das comemorações do 1º de Maio, que este ano foram o seu prolongamento) foi demonstrar perante o povo brasileiro – e consequentemente perante o mundo político – a relevância do movimento sindical dos trabalhadores.

O êxito da greve geral foi construído paulatinamente, com inteligência e persistência, desde que se recuperou a unidade de ação do movimento e se adotou a linha unitária de resistência às “deformas”.

A capacidade estrutural de mobilização do movimento sindical trouxe para si o apoio de vários movimentos sociais, religiosos, jurídicos e de intelectuais de peso. A nação acordou.

Mudou-se o patamar de resistência e as confederações sindicais já começaram, hoje mesmo, a planejar seu trabalho de convencimento dos senadores em relação à votação da “deforma” trabalhista.

A jornada do dia 28 teve confirmadas quatro características essenciais: foi forte, nacional, unitária e de resistência. A bola preta ficou com a repressão no Rio de Janeiro e em Goiás e com as despudoradas manifestações públicas do prefeito de São Paulo e do ministro da Justiça.

Trava-se agora a guerra da compreensão do que houve. Nesta guerra, a verdade (que é a nossa) enfrenta a pós-verdade (de nossos adversários).

A nossa verdade tem a força de pelo menos três pilares de opinião: os milhões que fizeram as greves e as manifestações, os milhões que as assistiram ao vivo com simpatia e até mesmo os milhares que as atacaram furiosamente nas redes sociais.

A luta continua e suas exigências são o reforço persistente de nossa unidade, o estabelecimento de táticas adaptadas à nova situação e o fortalecimento da comunicação sindical.

O grande herói foi o povo trabalhador brasileiro que reconhece a relevância do movimento sindical.

 


João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical

 

 

 

 

 

 

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Comentários  
# Cada um enxerga o que interessaMarcelo Marques Azev 04-05-2017 23:18
Prezados,

Não vi a tal 'greve' como vitoriosa. Impediu muita gente de ir onde queria, parou muita coisa, é verdade. Mas, véspera de feriado, já na quinta-feira à noite o trânsito estava anormalmente pior, ou seja, muita gente viajou antes.

Adicionalmente, a greve se faz durante negociações, o que não é o caso. Foi uma paralisação. Aderiram as categorias com sindicatos mais organizados.

Há anos venho considerando que trabalharei até minha morte. Sou um dos inúmeros engenheiros que não tiveram opção outra a não ser abrir empresa e ser contratado como PJ. Ademais, a mixaria que o Estado paga de aposentadoria não é digno de nossa classe, portanto qualquer que seja a mudança, muitos de nós não serão minimamente afetados.

Último assunto: não entendo como ainda se pensa em luta de classes hoje em dia. Sou empresário, uniprofissional , como muita gente tenta ser, para redução de um pouco do imposto. Não gosto nem um pouco de ser tratado como os sindicatos tratam as empresas. Não sou capitalista, não tenho funcionários, mas não deixo de ser empresário. Acho ridícula a situação, assim: muitos políticos se locupletando, a população saindo da miséria artificialmente (abaixaram a linha da miséria e colocaram-nos como sendo da classe A, quando em verdade sempre fomos da B), manobrando-se o povo conforme interesses. Isso não é luta de classes, é politicagem rasteira.

Atenciosamente,


Marcelo M. Azevedo
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