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09/02/2017

Engenheiros lançam manifesto "À Nação Brasileira"

À abertura da reunião da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, que acontece na manhã desta quinta-feira (9/02), no Congresso Nacional, o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro, leu o manifesto "À Nação Brasileira", que reproduzimos abaixo:

"Entidades representativas da Engenharia deste signatárias e a direção da Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional manifestam sua preocupação com a contínua deterioração da nossa economia, o que acarreta dificuldades crescentes para empresas e trabalhadores, e propõem-se a uma atuação pública e conjunta no sentido de oferecer ao País alternativas que possibilitem superar a crise e retomar o desenvolvimento.

As compras governamentais – sejam de custeio, sejam de investimentos – passam por um processo deliberado de drástica contenção, asfixiando a demanda para a produção nacional. Por outro lado, a sobrevalorização do real desorganiza cadeias produtivas e dificulta a inserção internacional das empresas aqui instaladas. Na contramão das demais economias industrializadas, que dispõem de agências de investimento destinadas a alavancar a exportação de bens e serviços, aqui amesquinha-se o papel do BNDES como promotor do nosso desenvolvimento econômico e social.

Nesse quadro, é dramática a situação da nossa Engenharia. A Petrobras, âncora ao longo da sua história do nosso desenvolvimento industrial, responsável por cadeia de mais de 5.000 fornecedores nacionais e estrangeiros, está sendo dilapidada de ativos valiosos, vendidos sem transparência na “bacia das almas”, e passa a fazer coro com as petroleiras estrangeiras para combater políticas de conteúdo local indispensáveis à sobrevivência de empresas e de empregos, e também para prorrogar por mais 20 anos a maior renúncia fiscal da nossa história, o Repetro, quando se sabe quão difícil é a situação financeira da União e dos Estados, diante da queda contínua da arrecadação de impostos. O Brasil, ainda uma das dez maiores economias do mundo, não pode ser reduzido à condição de mero exportador de grãos, de carnes e recursos minerais. Abrir mão da sua base industrial nos remete novamente à condição de colônia.

Não somos xenófobos. Representamos aqui o conjunto de empresas instaladas no país, sem distinção entre o capital nacional e o estrangeiro. Não temos medo da competição. Não podemos, todavia, concordar com a exclusão sistemática das nossas empresas de processos licitatórios, como pode ocorrer na reativação das obras do COMPERJ, para a qual a Petrobras convidou apenas empresas estrangeiras, a menos que venham elas a operar no Brasil, gerar empregos e contratar máquinas e equipamentos fabricados aqui.

Urge a reorientação da política econômica, no sentido da redução mais rápida da taxa de juros, da racionalização da carga tributária e da retomada dos investimentos públicos, que possibilitem a recuperação da produção industrial e a recomposição do poder de compra das famílias, sob pena de crescer a insatisfação social e de levar à liquidação forçada do nosso parque industrial.

Conclamamos, assim, a sociedade a se engajar no combate ao desmonte da nossa economia, para permitir a retomada do nosso desenvolvimento econômico e social. O maior patrimônio de um povo é seu mercado que gera demanda, e mercado é população com emprego. Não queremos que o Brasil seja reconhecido como um simples exportador de commodities.

São Paulo, 23 de janeiro de 2017"

 

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

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Comentários  
# UM POSICIONAMENTO IMPORTANTEuriel villas boas 16-02-2017 18:01
O Brasil passa por um momento muito difícil com a economia paralisada por vários fatores. E consequentement e, com reflexos no campo social. Daí se faz muito necessária a manifestação das mais diferentes classes e organizações sociais, que não se limitem a constatação dos problemas. É fundamental que se façam avaliações sobre atitudes que devem ser levadas em consideração, com o objetivo claro de unir todas as tendências sérias
e que tenham a disposição de uma luta unificada na busca das soluções. O posicionamento das Entidades nacionais dos Engenheiros assume portanto um papel de destaque neste momento. Que outras categorias avaliem e também assumam a sua responsabilidad e. O Brasil como um todo sentirá os reflexos positivos.
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