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21/11/2016

Tecnologias digitais obrigam professor a trabalhar mais sem receber

As novas tecnologias digitais, que deveriam facilitar a vida de alunos e professores, na verdade têm beneficiado uma das partes: os alunos. Para os professores, essas ferramentas estão fazendo com que trabalhem muito além de sua rotina, sem serem remunerados pelo trabalho extra. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Uso de Tecnologia Dentro e Fora de Salas de Aula”, realizada pelo Datafolha, por encomenda da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp).

"A pesquisa evidencia que os professores extrapolam sua jornada de trabalho, muito além do normal, em termos de atendimento aos alunos, sem que sejam remunerados pra isso", afirmou à Agência Sindical o presidente da Fepesp, Celso Napolitano, que dá aulas na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O estudo ouviu 806 professores de ensino superior, de um universo de 11.644 profissionais da rede privada em todo o Estado. O objetivo foi conhecer os efeitos da introdução de novas tecnologias na atividade dos docentes, incluindo os métodos de educação à distância (EaD).

Resultados
De cada dez professores, seis afirmam que houve aumento do volume de trabalho com o uso de tecnologias digitais como complemento de suas atividades. Nove entre dez docentes consideraram que o uso dessas ferramentas digitais, fora da sala de aula, absorve parte do seu tempo; e 45% deles afirmaram que consome muito tempo.

A maior parte, quase dois terços, declarou que não é remunerada pela instituição de ensino por esse tempo gasto no atendimento aos alunos. Celso Napolitano comenta que grande número de professores coloca o próprio Smarthphone e Whatsapp à disposição dos alunos para trocar mensagens e tirar dúvidas.

"Eu, que trabalho no ensino universitário há 30 anos, nunca pensei numa coisa desse tipo. Me relaciono com os alunos pela plataforma da minha instituição. Mas nunca ia dar meu e-mail pessoal, número de telefone ou participar de grupo de Whatsapp. Eu vi que a maioria dos professores faz isso de maneira corriqueira", diz Celso.

Ele informa que o assunto será amplamente debatido durante a Campanha Salarial de 2017, cuja pauta de reivindicações já se encontra em elaboração. A posição da Fepesp é discutir a compensação do trabalho do professor fora da sala de aula.

"Penso que até seja do interesse do sindicato patronal discutir e regulamentar essas questões, para evitar processos trabalhistas. Essas novas tecnologias facilitam muitas coisas para o aluno, democratizam o ensino, mas não podem escravizar o professor", afirma.

 

 

 

Comunicação SEESP
Notícia reproduzida do boletim Repórter Sindical

 

 

 

 

 

 

 

 

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