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27/05/2011

CNTU coloca em pauta programa de desenvolvimento nacional

 

       Aconteceu em 20 de maio, na cidade de Maceió, em Alagoas, o primeiro Encontro Regional da CNTU. O evento teve como tema “Emprego, trabalho e qualificação profissional” e abriu a série programada pela entidade que inclui mais três debates a serem realizados em Vitória, Goiânia e Florianópolis até outubro próximo. Após essa maratona, acontecerá um grande encontro nacional em São Paulo, no dia 25 de novembro, sob o mote "A classe média e a democracia brasileira". O objetivo da entidade é dar a sua contribuição a um programa de desenvolvimento econômico, social, cultural e tecnológico para o Brasil, com a participação dos profissionais liberais. “Temos uma oportunidade ímpar nesse país. As camadas médias devem, junto com o povo brasileiro, construir um novo Estado, que traga a melhoria dos serviços públicos, que permita desenvolvimento com inovação”, afirmou, durante a abertura dos trabalhos, o diretor de Articulação Nacional da CNTU, Allen Habert. “Nossa confederação tem que estar presente nas discussões da sociedade e não apenas para criticar”, reforçou o presidente da entidade Murilo Pinheiro. José Ailton Ferreira Pacheco, que coordenou o evento localmente, comemorou a sua realização em Maceió, apostando no sucesso da entidade. "Tenho certeza que a CNTU será a maior confederação de profissionais liberais do Brasil". 

       Compuseram ainda a mesa de abertura os deputados estaduais de Alagoas Judson Cabral (PT) e Inácio Loyola (PSDB) o vereador de Maceió Francisco Holanda (PP) , o presidente do Crea-AL (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Alagoas), Aloísio Ferreira de Souza, e a vice-presidente da CNTU, Gilda Almeida.

 

Educação
       Dando início às exposições Marco Aurélio Cabral Pinto, professor adjunto de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou sobre “Trabalho, desenvolvimento e inovação”. Ele ressaltou o esforço a ser feito no País, especialmente pela elite intelectual, para superar o subdesenvolvimento. Herança de uma formação socioeconômica marcada por concentração de riqueza e exclusão, a superação do atual “ambiente de trocas desiguais”, afirmou, exige investimentos. “Temos que colocar a serviço da transformação o nosso conhecimento e essa ação deve ser inovadora”, afirmou. “As elites brasileiras devem compreender que não avançarão na hierarquia internacional se não forem de mãos dados com o povo”, concluiu. Nessa agenda, pontuou, tem destaque a educação. 

 

       Os esforços nesse campo foram o tema de Luciana Santa Rita, professora adjunta da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Ufal (Universidade Federal de Alagoas). Ela mostrou um panorama da instituição, que vem registrando progressos na área de pesquisa e inovação ao longo da última década. “Em 2001, eram 215 estudantes com bolsas de iniciação científica; em 2010 foram 683”, destacou. Atualmente, relatou ela, a Ufal mantém 62 cursos de graduação, 25 programas de pós-graduação, tem 20 mil estudantes de graduação presenciais e 4 mil graduandos na educação a distância. Conta com 1.350 docentes efetivos, sendo 600 doutores. Está composta por 21 unidades acadêmicas, sendo duas descentralizadas e localizadas no agreste e no sertão com o objetivo de tornar o ensino acessível à população das regiões mais distantes. A universidade abriga ainda duas incubadoras de empresas

 

Requalificação
       Se investir em formação de qualidade deve ser agenda prioritária para o Brasil, é também igualmente importante garantir um sistema de educação continuada aos profissionais, que seja voltado a toda a força de trabalho nacional. A proposta foi defendida por Maria Rosa Abreu, professora associada da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília). Tal iniciativa deverá favorecer não só o desenvolvimento profissional, mas também o humano, levando o aluno a entender e transformar o mundo onde vive e aprimorar a si mesmo. Na sua visão, as fontes de custeio do programa seriam, além do financiamento público, o setor empresarial e o próprio aluno, de acordo com sua possibilidade. 

 

        A professora louvou iniciativas pontuais nesse sentido, como o trabalho desenvolvido em 1989 pela FNE em parceria com a UnB, que produziu um curso a distância sobre políticas de ciência e tecnologia para os anos 90. A experiência foi apresentada em congresso realizado na Finlândia em 1992, sendo a única representante brasileira. Ela lembrou ainda a Lei 8.029/92, que instituiu oPrograma de Desenvolvimento Profissional e Reciclagem Tecnológica para engenheiros, arquitetos e agrônomos da administração direta e indireta do Estado de São Paulo. A conquista foi fruto do trabalho do SEESP e teve origem no projeto de lei do então deputado estadual Arnaldo Jardim. 

 

Energia
        Geoberto Espírito Santo, vice-presidente de Planejamento Energético do Fórum Nacional dos Secretários de Estado para Assuntos de Energia e presidente da Algás (Gás de Alagoas S.A.), encerrou os painéis com a exposição “Desafios energéticos nos caminhos do desenvolvimento”. Ele apresentou os projetos em andamento em Alagoas e elencou o que considera as grandes questões energéticas brasileiras. Entre elas, estãoo fim das concessões no setor elétrico, os royalties do pré-sal, as rodadas de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a criação de um plano nacional de eficiência energética. 

        Ao final do encontro, os participantes aprovaram a Carta de Maceió, que reafirma o compromisso da CNTU com o desenvolvimento e a inclusão social, a educação e um programa energético sustentável. 

 

Rita Casaro
www.cntu.org.br

 

 

 

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