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27/07/2016

Pós do Isitec em Engenharia de Segurança do Trabalho dá ênfase ao campo

Os engenheiros de São Paulo realizaram na manhã de quarta-feira (27/7), em que se comemora o Dia do Engenheiro de Segurança do Trabalho, uma homenagem a esses profissionais no Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), na capital paulista. Na ocasião, foi lançado oficialmente a Pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho com foco no campo. No total, serão quatro turmas em cidades no interior do estado.

Fotos: Beatriz Arruda/Imprensa SEESPpos graduacao 1 600 largMesa formada por engenheiros e profissionais da área de agricultura e segurança do trabalho


Bauru, Campinas, São José do Rio Preto e Sorocaba serão os municípios onde haverá o curso, oferecido pelo Isitec, que terá duração de 24 meses – com carga horária total 680 horas. Além de abordar as questões centrais sobre o tema, capacitando o trabalhador para tal, o estudante também será capacitado para outras áreas de atuação como engenharia mecânica, civil ou produção.

Na grade curricular consta um módulo completo sobre condições e ambientes de trabalho na agricultura, com ênfase nas regiões onde ocorrerá o curso. “É uma pós-graduação que foi totalmente estruturada para o trabalho em área rural, diferente de outros cursos que estão mais voltados para agrônomos em áreas urbanas”, explicou Antônio Octaviano, diretor de Extensão e Serviços de Consultoria do Isitec e ex-presidente do SEESP, entidade mantenedora do instituto.

Já o presidente do SEESP e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Celso de Campos Pinheiro, falou da importância da iniciativa, que é resultado dos esforços do sindicato na busca por melhor qualificação aos profissionais: “Nós temos uma obrigação com a sociedade em apresentar propostas que visem melhorias na qualidade de vida. O curso é resultado desses esforços”.

Além de Pinheiro e Otaviano, também fez parte da mesa o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, que enfatizou “a importância de iniciativas como essa na busca pela qualificação do trabalho no campo”.


pos graduacao 3 600 largDiversos profissionais da categoria presentes, como Jurandir Fernandes, Coordenador do Conselho Assessor de Transporte e Mobilidade do SEESP, e Allen Habert, diretor de Articulação Nacional da CNTU (à direita)


Celso Atienza, coordenador e responsável técnico pela pós-graduação de engenharia de Segurança do Trabalho, lembrou que o curso trará novos olhares para o profissional. “É preciso mudar a forma de enxergar o engenheiro dessa área, que geralmente é tido como um intruso, um agente que surge que dá prejuízo. Por que não é visto como um investimento?", indagou Atienza.

Sobre os agrotóxicos, Atienza falou sobre o aspecto da inovação que estará muito presente nas aulas. “Precisamos de uma nova agricultura, que pense em substituir os agrotóxicos por algo não prejudicial à população, aos trabalhadores e ao ambiente, com vistas a práticas sustentáveis como os orgânicos. Não queremos só formar técnicos que se limitam a inclusão de EPIS (Equipamentos de Proteção Individual). Tivemos a preocupação em formatar um curso que pense em geração de empregos, em sustentabilidade e em criar melhores condições de trabalho”, completou Celso Atienza, que apontou alguns dados alarmantes sobre acidentes de trabalho. Entre eles, um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que mostra que 700 mil trabalhadores rurais sofrem acidentes no campo no Brasil, por ano, sendo a maior parte durante a operação de máquinas agrícolas.

Também estiveram presentes o diretor da Federação das Associações Rurais do Estado de São Paulo (Faesp), Marcos Mazetti; Luiz Mario Machado Salve, representando o presidente da. Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (Aeasp), Ângelo Petto Neto; e o coordenador da Área Rural da FundaCentro, do Ministério do Trabalho e Emprego, Clóvis Eduardo Meirelles, além de diversos diretores do SEESP das cidades onde haverá a pós e profissionais especializados no setor.

Durante sua fala, Meirelles lembrou de um aspecto bastante polêmico que é a massiva utilização dos agrotóxicos no cultivo dos alimentos, inclusive em boa parte da agriculta familiar: “Muitas vezes é a mulher do agricultor quem mais sofre com esses venenos, que ficam armazenados e forma inadequada, na geladeira da casa inclusive. É preciso ter um olhar bastante amplo sobre a segurança na agricultura”.



Deborah Moreira
Imprensa SEESP

 

 

matéria atualizada em 28/7/2016 às 11h31




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