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01/06/2016

Petroleiros paralisam em defesa do pré-sal e regime de partilha

Os petroleiros anunciaram uma paralisação nacional de 24 horas para a sexta-feira (10/6). Os trabalhadores ligados às duas federações da categoria - Federação Nacional dos Petroleiros e Federação Única dos Petroleiros - definiram como pauta a luta em defesa do pré-sal e pela manutenção do sistema de partilha, aprovado no governo Dilma. A concessão, projeto de José Serra (PSDB), já aprovado no Senado, é tida como lesiva aos interesses nacionais.


Foto: divulgação FUP

NOSSA PETROBRAS 600 larg


"Tudo indica que a nomeação de Pedro Parente se consolidará nos próximos dias e através dele será retomada a agenda de desmonte de direitos e de privatização iniciada por Fernando Henrique Cardoso nos anos 90 e que foi estancada durante o governo Lula", diz um trecho de uma nota divulgada pela categoria.


Em entrevista à Agência Sindical, Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional, alerta que o Brasil corre risco de retomar o que chama de “privataria tucana”, que, segundo ele, nos fez perder a Vale e a Siderúrgica Nacional. “Agora, querem o fim da Petrobras", denuncia.

A greve visa ainda alertar para os riscos iminentes de graves retrocessos para a categoria, caso vigore a lógica da privatização. Emanuel reclama de calotes. “O abono contingencial não foi pago em 2015 e é pouco provável ser pago este ano. Também não recebemos a PLR e, no acordo coletivo de 2016, só conseguimos repor as perdas salariais após muita luta", comenta.

A Petrobras, sozinha, gera 13% do Produto Interno Bruto nacional. A empresa também descobriu o pré-sal - mais de 1 milhão de barris/dia - suficiente pra abastecer todo o Mercosul. O dirigente da Federação Nacional questiona: “A quem interessa que o Brasil abra mão de tudo isso?”

A paralisação dos petroleiros deve contar com apoio dos movimentos ligados às Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

José Maria Rangel, dirigente da Federação Única dos Petroleiros, explica: “Na concessão, a empresa paga só o valor do lance do leilão e fica com o óleo extraído”. Ele ressalta que, ao se definir o sistema de partilha, ficaram garantidas cotas para o conteúdo nacional, com impacto positivo na indústria brasileira. Com a mudança, a exigência nacional cai. O sindicalista também vê ameaças à Educação, pois o fim do controle nacional do pré-sal acabaria com a obrigatoriedade de repasses para o setor. “O Plano Nacional de Educação, sem contar com os royalties, ficaria comprometido”, adverte.

Empresa com mais de 60 anos, a Petrobras tem sido objeto de disputas desde a lei que propôs sua criação. Suas reservas e tecnologia são alvo da cobiça internacional e mobilizam os entreguistas nacionais, de olho na dinheirama que a transação poderia gerar.


Confira abaixo a nota da FUP:

FUP indica greve de 24 horas no dia 10 de junho

Diante dos ataques contra a Petrobrás, o Pré-Sal e os direitos e conquistas da classe trabalhadora, que estão sendo desmontados pelos golpistas, a FUP e seus sindicatos indicam paralisação de 24 horas no dia 10 de junho. Esta data marcará a primeira grande mobilização nacional que as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão contra o governo ilegítimo de Michel Temer.

As representações sindicais petroleiras, reunidas nesta segunda-feira, 30, no Conselho Deliberativo da FUP, alertaram para o risco iminente de perda de direitos e de grave retrocesso que a categoria já vive e que serão intensificados com as intenções de privatização da Petrobrás e de entrega do Pré-Sal, reveladas por Michel Temer.

As medidas econômicas de seu governo ilegítimo, anunciadas na semana passada e já em curso, revelam o que vínhamos alertando: o objetivo do golpe é derrubar as conquistas que garantimos a duras penas ao longo dos últimos anos. Retirar direitos da classe trabalhadora,  arrochar salários, reduzir os investimentos do Estado na educação, saúde, habitação e outras áreas sociais, privatizar empresas públicas,  entregar o Pré-Sal e o que restou das nossas riquezas são medidas que atendem à Fiesp, às transnacionais, ao mercado de capitais e aos demais financiadores do golpe.

Na Petrobrás não será diferente. Tudo indica que a nomeação de Pedro Parente se consolidará nos próximos dias e através dele será retomada a agenda de desmonte de direitos e de privatização iniciada por Fernando Henrique Cardoso nos anos 90 e que foi estancada durante o governo Lula.

Somente com resistência e mobilização, os petroleiros terão a chance de impedir o violento retrocesso que atingirá a categoria nos próximos meses.

O dia 10 de junho  será uma resposta unitária de todos os petroleiros contra o golpe em curso no país e na Petrobrás.


Com informações da Agência Sindical





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