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15/03/2011

Barreira de aço protege usinas de Angra, diz Eletronuclear

Para as instalações de Angra 1 e 2, o projeto levou em conta o maior terremoto que poderia ocorrer na região e foi feito para suportar até a queda de um avião.

        A segurança de usinas nucleares em todo o mundo voltou a ser questionada depois dos últimos acontecimentos no Japão. De acordo com a Eletronuclear, os sistemas de angra 1 e 2 incluem barreiras de concreto e de aço no prédio onde fica o reator nuclear. Após qualquer abalo, sistemas de segurança garantiriam o desligamento das usinas. O Brasil se situa em área de baixa atividade sísmica, e no Atlântico Sul não há condições necessárias para gerar tsunamis.

        O maior terremoto já registrado no Sudeste ocorreu em abril de 2008 e atingiu magnitude 5,2. O epicentro foi no oceano Atlântico a 215 km de São Vicente, no litoral paulista, e a 315 km da central. Nos cálculos da estatal, o impacto foi equivalente a 2% do previsto no projeto de segurança.

        Na central nuclear, uma estação sismográfica monitora e analisa tremores locais e regionais desde 2002. Cada usina tem equipamentos próprios para monitorar ocorrências. Se o impacto ultrapassar 10% do previsto no projeto de segurança, um alarme deve ser disparado na sala de controle para que a intensidade do tremor seja identificada. Se chegar a 50% do valor previsto, a usina deve passar por inspeção para verificar se existem danos.

        Cada vez que ocorre uma falha em uma das usinas (mesmo em áreas sem interferência com sistemas radioativos), elas são desconectadas do Sistema Interligado Nacional. Há ainda um plano de emergência que abrange um raio de 15 km da central. Ele envolve a Eletronuclear, o Exército, os bombeiros e a Defesa Civil. Entre as medidas previstas em caso de acidente nuclear está a retirada da população que vive em áreas próximas.

         Para Aquilino Senra, professor de Energia Nuclear da Coppe/UFRJ, o acidente no Japão deve afetar as discussões sobre a retomada do Programa Nuclear no Brasil. Atualmente está em construção a usina de Angra 3, no Rio de Janeiro, e o governo ainda não anunciou a decisão sobre o local em que será instalada uma quarta usina nuclear no País.

 

(Folha de São Paulo)
www.fne.org.br

 

 

 

 

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