logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

30/09/2014

Novo modelo de balanço hídrico para o sistema produtivo

Quanto de água a agricultura consome em seu sistema produtivo? Para responder essa pergunta é preciso considerar a água de superfície e também a subterrânea que é retirada do solo não apenas no processo produtivo, mas também no momento da colheita e nem sempre é considerada na equação final dos custos de produção.  Considerar esse saldo hídrico é a proposta de pesquisa de José Gilberto de Souza, docente do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp, campus de Rio Claro. O estudo fará um mapeamento da demanda de água vinculada à produção agrícola.

A pesquisa “Modelo de avaliação de balanço hídrico na bacia do Rio Jaguarí – Município de Holambra (SP)” propõe um novo modelo de balanço (medição) hídrico para o sistema produtivo que leve em consideração a água retida no solo. Para Souza, a proposta é inovadora. “A nova metodologia permitirá uma melhor medição do consumo de água gerando subsídios para a criação de estratégias e tecnologias mais precisas no planejamento de uso da água pelos produtores”, comenta.

O professor observa que o uso sustentável dos recursos hídricos na produção agrícola é uma exigência do mercado externo. Segundo ele, a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem observado os processos produtivos para verificar a prática de dumping ambiental. O dumping se caracteriza pela inserção no mercado de produtos com preço abaixo do custo de produção com o objetivo de eliminar a concorrência e dominar o mercado. A prática é ilegal e proibida. No caso do dumping ambiental, os preços são mais baratos porque não se adotam medidas de proteção ao meio ambiente que geralmente elevam os custos de produção. Os preços ficam mais baixos, mas o ambiente e a sociedade são altamente prejudicados.

Souza destaca que o Brasil tem problemas ambientais no sistema produtivo agrícola porque nem sempre os custos ambientais são considerados no cálculo para formulação do preço final do produto, o que caracteriza o dumping ambiental. Daí a importância da pesquisa que será iniciada em breve. “O projeto é importante na medida em que cria novas estratégias de equalização do processo produtivo”, explica o professor. A meta é reduzir a pluralidade tecnológica e criar um sistema único para padronizar os custos de produção e o reuso de água. “O projeto pode validar o modelo produtivo do ponto de vista ambiental antecipando as exigências do mercado mundial”, pontua.

A pesquisa será realizada no município de Holambra que tem como principal atividade econômica a produção de flores. Para isso, será instalada na cidade uma moderna estação meteorológica com transmissão de dados em tempo real. O projeto é financiado pelo Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) com duração de dois anos. O objetivo é criar um modelo que possa ser utilizado como ferramenta para o planejamento hídrico dos agricultores de diferentes culturas.


 

Fonte: Agência Unesp de Notícias (UnAN)





Lido 1701 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda