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16/07/2014

Artigo - O Rodoanel e o Porto de Santos

Com 114 dias de atraso, a primeira etapa de 43,5 quilômetros do Trecho Leste do Rodoanel foi liberada ao tráfego no começo de julho. Esse trecho, que vai do Trecho Sul (em Mauá, na região metropolitana de São Paulo) à Rodovia Presidente Dutra, onde começa a parte Norte do Rodoanel, passou a interligar principalmente o Porto de Santos ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, facilitando o escoamento de cargas.

Iniciado há quase vinte anos, o Rodoanel tem no Trecho Leste a sua terceira parte. As pistas Oeste e Sul já haviam sido entregues em 2007 e 2010 respectivamente, mas o anel rodoviário deverá ser concluído apenas em 2016, quando será finalizado o Trecho Norte, se não ocorrerem novos atrasos. É de lembrar que a conclusão do Rodoanel estava prevista para o final do século passado.

Com a conclusão do Trecho Leste, toda a expectativa se voltará para o Trecho Norte, que terá 44 quilômetros de extensão e custará ao Estado R$ 5,6 bilhões. Essa obra igualmente terá grande importância para a logística em direção ao Porto de Santos, já que interligará as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias com o Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso terrestre ao cais santista.

Com o Trecho Norte pronto, será possível retirar do centro da cidade de São Paulo os veículos pesados e leves que têm como destino o Porto de Santos. Com isso, espera-se que pelo menos 75 mil veículos passem diariamente pelo Trecho Norte. Destes, 35 mil serão veículos pesados. O Trecho Norte terá controle de acesso, sete faixas de rolamento e velocidade liberada de 100 km/hora.

Com a conclusão do Rodoanel, é de prever que por um bom tempo não haverá problemas de trânsito de mercadorias no Planalto paulista, mas o mesmo não se pode dizer dos acessos ao Porto de Santos. Como se sabe, os engenheiros (?) que planejaram a Rodovia dos Imigrantes não imaginaram que, com um declive tão acentuado, seria muito arriscada a descida de veículos pesados em direção ao Litoral. Isso significa que a principal medida a ser tomada hoje é o aumento da capacidade da Via Anchieta, construída entre 1939 e 1947, único acesso para caminhões que descem a Serra em direção ao Porto.

Na Baixada Santista, há obras que, concluídas ao final de outubro de 2014, irão representar um alívio para o tráfego nas imediações do Polo Industrial de Cubatão. Essas obras são a duplicação da Rodovia Cônego Domênico Rangoni entre a Via Anchieta e a Usiminas, que inclui um anel viário, e um viaduto na área continental de Santos para ligar essa rodovia à estrada de acesso a Bertioga.

Já para a entrada de Santos o que se viu até agora foram apenas projetos para novos viadutos. Também não saiu do papel o estudo que prevê uma via arterial de 11 quilômetros entre Cubatão e Santos. Sem contar que a Avenida Engenheiro Plínio de Queiroz Filho, em Cubatão, e a chamada Rua do Adubo, em Guarujá, continuam congestionadas e esburacadas, exigindo intervenções imediatas.


 

* por Mauro Lourenço Dias, engenheiro eletrônico, é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)








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