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25/11/2015

Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher

A Assembleia Geral das Nações Unidas de 1999 aprovou a data de 25 de novembro como o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. Ela foi escolhida para lembrar que, no mesmo dia em 1960,  três ativistas políticas, irmãs Mirabal, “Las Mariposas” foram assassinadas a mando do ditador Rafael Trujillo na República Dominicana.


Foto: CUT-RS
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O feminismo, luta pela igualdade de gênero, não é recente. Desde a primeira década do século XX as mulheres se organizam para se empoderar no enfrentamento ao patriarcalismo da sociedade mundial. O machismo e o patriarcado já mataram muitas mulheres no planeta.

“O Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher não é um dia de comemoração, é um dia de reflexão, de debates, de atos e de protestos. A violência sofrida pela mulher, seja ela qual for, interfere diretamente em todos os papéis sociais da vítima, inclusive no trabalho”, afirmou a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Junéia  Batista.

Para a secretária, o mundo sindical precisa seguir fortemente no enfrentamento a qualquer tipo de violência, porque além de um dos 10 princípios do ‘Pacto Global Rede Brasileira da Organização das Nações Unidas’ (ONU) ser a eliminação da discriminação no emprego, as mulheres trabalhadoras estão se organizando em parceria com os movimentos feministas para transformar esta realidade.

“Os movimentos sociais e feministas sempre foram protagonistas nas transformações do país e do mundo, e a CUT é pioneira em parceria com estes atores sociais e precisa continuar fazendo a diferença”. Ela cita também a paridade de gênero na direção da entidade como um grande passo para a igualdade. “É parte da solução, porém temos muito o que construir ainda, como a conquista dos cargos de poder, nos quais os homens ainda estão à frente”.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a violência continua sendo uma forte ameaça à dignidade das mulheres e o acesso ao trabalho digno. Levantamento de 2013 da entidade mostra que cerca de 35% das mulheres no mundo foram vítimas de violência física ou sexual. Entre outros fatores, a disparidade salarial também persiste para as mulheres com ou sem filhos.

“A OIT lançou o centenário da mulher no trabalho para acelerar esses esforços globais no enfrentamento desses desafios para o avanço da agenda de empoderamento das mulheres, incluída na proposta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Essa mudança não irá ocorrer sozinha. Ela exige intervenções políticas corajosas e específicas”, disse Shauna Olney, chefe de Gênero, Igualdade e Diversidade da OIT.

Junéia destacou a importância do movimento sindical assumir esta tarefa. “A violência nos locais de trabalho acontece, é uma realidade. Uma das próximas ações da CUT será neste sentido. Muitas vezes as mulheres nem sabem, mas brincadeiras sexistas são consideradas violência e prejudicam a vida da mulher trabalhadora”, afirma a dirigente.

Segundo estudo da Universidade de Santa Maria, no Sul do país, hoje a metade da população brasileira é de mulheres e 41% da força de trabalho brasileira é feminina. Elas estudam mais que os homens, ganham menos nos mesmos postos de trabalho, predominam no trabalho informal, precário e temporário com contratos flexibilizados (sem direitos trabalhistas) impostos pela herança do neoliberalismo.

Outro fator importante para a mulher é a autonomia econômica. Ainda hoje as mulheres mesmo com a escolaridade melhor e ocupando os mesmos cargos ganham até 30% a menos que os homens. A disparidade salarial é ainda um grande desafio para a classe trabalhadora.

Junéia finalizou dizendo que a CUT, representada pela secretaria de Mulheres Trabalhadoras,  tem o compromisso de classe, sempre relembrando a socióloga e feminista Beth Lobo que dizia que a classe trabalhadora tem dois lados. Enquanto uma mulher trabalhadora sofrer qualquer tipo de violência a CUT estará à frente entrincheirada para acabar de vez com isso”.

 

 

 

Fonte: CUT-RS

 

 

 

 

 

 

 

 

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