JE ON LINE

Versão para Internet do Jornal do Engenheiro, publicação mensal do SEESP enviada aos seus associados

Edição 148 –Junho/2000 - Clique aqui para ver as edições anteriores do JE

 

Envie seus comentários sobre matérias ou sugestões. clique aqui

EDITORIAL
São Paulo sem uma política 
de recursos humanos



OPINIÃO
Mau serviço é praga nacional


ESPAÇO DO LEITOR
Resgate da ética



REPORTAGENS

Eleições Municipais
Ao participar do Fórum de Debates "A Engenharia e a Cidade", promovido pelo SEESP, a pré-candidata Luíza Erundina de Sousa (PSB) defendeu a descentralização do poder na Capital, com a criação de subprefeituras, como solução para os problemas na cidade.


Vagas na Telefônica
A superintendente de Recursos Humanos da empresa, engenheira Iracema Mathias Nascimento, aponta o perfil ideal dos candidatos às 60 vagas abertas na companhia.


Transporte ineficiente gera caos na Capital
No limiar de uma impossibilidade de deslocamento, a cidade exige medidas imediatas. É preciso garantir prioridade de circulação nas vias aos ônibus e a expansão dos sistemas sobre trilhos.


Saudades do Bonde
Para os nostálgicos ou curiosos, o Museu dos Transportes é uma boa pedida. Administrado pelo engenheiro Henrique Di Santoro Júnior, tem o objetivo de preservar a história da Capital.


Entrevista
Responsável pela área de Educação à Distância da Fundação Carlos Alberto Vanzolini e seu criador em 1995, o prof. Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto falou sobre o tema.


Sob suspeita
Mútua é alvo de denúncias e questionamentos sobre a aplicação de seu patrimônio, com investimentos vultosos para a aquisição de imóveis em Brasília, incluindo um prédio alienado.

PONTO A PONTO


Contra a construção de pedágio em Jacareí
A Delegacia Sindical do SEESP em Jacareí, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Associação Comercial da cidade, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), vários clubes de serviço e outras entidades representativas locais reuniram-se na sede da Delegacia do SEESP com o diretor-presidente da Nova Dutra, Evandro Celso Brito Sarubby, e posicionaram-se contra a construção de uma praça de pedágio na Rodovia Presidente Dutra, entre os quilômetros 166 e 169, naquele município, pela concessionária. Isso porque temem que os veículos de carga e de passageiros invadam o município em busca de rotas de fuga, causando o desgaste e o congestionamento das vias públicas no núcleo urbano, despreparado para receber tal demanda. E se preocupam com a possibilidade de implantação de pedágios municipais, necessários para o combate ao uso desses desvios. A comunidade sente-se frustrada, pois há quatro anos, em palestra patrocinada pelo SEESP, a Nova Dutra prometeu a construção de 11 quilômetros de marginal ligando Jacareí a São José dos Campos, e agora acena somente com a consolidação de uma terceira faixa nesse trecho. Para o engenheiro Edson Mega de Miranda, diretor da Delegacia Sindical do SEESP em Jacareí, antes da implantação do projeto, é necessário a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental, Social e Econômico. E depois, a questão deveria ser debatida em audiência pública.


Entidades sindicais discutem reforma do Judiciário
Preocupados com as alterações pretendidas com a reforma do Poder Judiciário, representantes da OAB, da Comissão de Trabalho da Assembléia Legislativa e das entidades sindicais, entre elas o SEESP, vêm se reunindo para discutir o assunto. O objetivo é traçar uma linha de ação para impedir que os empregados sejam lesados caso haja impasse nas negociações entre o patronato e os representantes dos profissionais. Isso porque na reforma está prevista restrição ao poder normativo e ocorrência de dissídio somente se houver concordância das partes, o que fere cláusula pétrea da Constituição. E mesmo que a empresa concorde com o ingresso na Justiça pelos sindicatos, ao decidir sobre o conflito, a Justiça do Trabalho, no máximo, manterá os acordos e convenções coletivas anteriores, não podendo acrescentar direitos.


Em defesa da manutenção do SEESMT
Dirigentes do SEESP e de diversas outras entidades que representam profissionais da área de segurança do trabalho têm se reunido para preparar minuta contendo suas críticas e sugestões à proposta do Governo de alteração da NR-4, a norma que trata da obrigatoriedade das empresas contratarem engenheiros, médicos, técnicos e enfermeiros. O documento será encaminhado em breve ao Ministério do Trabalho. Eles entendem que tal reformulação pretende acabar com o SEESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Medicina do Trabalho) ao criar o chamado Sistema de Gestão em substituição a esse. Em um dos encontros, no dia 10 de maio último, o presidente do SEESP, Paulo Tromboni de Souza Nascimento, salientou: "O SEESMT deve ser mantido e com condições de prestar um serviço técnico adequado, portanto com quadros em qualidade e quantidade suficientes para dar conta do problema (acidentes de trabalho), que não é pequeno."


Saudades de Ben Hur
O País perdeu um dos grandes nomes na defesa das questões voltadas ao saneamento básico, saúde e meio ambiente: Ben Hur Luttembarck Batalha. Ele faleceu no dia 2 de maio último e deixa a categoria órfã de suas idéias e proposições. Engenheiro químico pós-graduado em Saúde Pública, executou diversos trabalhos no controle da contaminação das águas, resíduos sólidos, avaliação de impactos ambientais, estratégias e gestão nessa área. Em 1998, recebeu o Prêmio Personalidade da Tecnologia na área de Saneamento Ambiental, um reconhecimento do SEESP e seus representados a esse engenheiro que dedicou sua existência a melhorar as condições de vida da população.


Adiado Fórum de Debates
A palestra do deputado federal e pré-candidato a prefeito Marcos Cintra (PL), que estava marcada para 12 de junho, foi adiada, com nova data ainda não definida, devido ao debate entre os candidatos promovido pela TV Bandeirantes no mesmo dia e horário. O evento daria continuidade ao Fórum de Debates "A Engenharia e a Cidade", que vem sendo promovido pelo SEESP.


Quem é o responsável pelo acidente?
No dia 11 de maio último, a queda de um poste na Rua Monsenhor Salim, altura do número 645, no bairro do Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo, matou a dona de casa Célia Regina de Abreu, grávida de cinco meses. Em Carta Aberta à População, o Sindicato dos Eletricitários declarou que o acidente ocorreu por falta de manutenção preventiva e corretiva pela Eletropaulo, devido à carência de pessoal para efetuar esse serviço, como conseqüência das demissões havidas após a sua privatização. A empresa, por intermédio de sua assessoria de imprensa, em princípio, isentou-se da responsabilidade, porque não estava operando o poste – o que atualmente é atribuição da Prefeitura – e acredita ter havido tração excessiva, provocada talvez por um cabo de telefonia, mas está aguardando os laudos conclusivos para pronunciar-se definitivamente. Quanto ao ajuste funcional, garante que não comprometeu o serviço.


CAMPANHA SALARIAL
Cetesb — Os trabalhadores da Cetesb aprovaram a contraproposta da empresa e suspenderam a greve iniciada na manhã do dia 7 último, mantendo a assembléia aberta em caráter permanente enquanto durarem as negociações sobre itens pendentes da pauta. Pela contraproposta, a companhia se compromete a não utilizar o recurso do efeito suspensivo ao dissídio coletivo/99 nas cláusulas sociais, conforme sentença dada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Assim, ficaram assegurados os benefícios constantes no Acordo Coletivo 1998/99 para o período de 01/05/2000 a 30/04/2001, estabilidade contra demissões imotivadas por 90 dias, a partir de 7 de junho, e retomada das negociações referentes aos itens econômicos da pauta.

CDHU — No dia 1º, os empregados realizaram manifestação no saguão da companhia para exigir da direção contraproposta às reivindicações econômicas, já que a CDHU havia se comprometido a apresentá-la até o dia 25 de maio, demonstrando que lutarão pelo direito de ter um salário justo. Mas as negociações foram paralisadas porque o governador determinou às empresas com data-base em maio que apresentassem estudos de evolução salarial do período de dezembro/94 a dezembro/99 para estabelecer qualquer correção. Aconteceu no dia 6 nova assembléia para avaliação da situação pela categoria.

Cosipa — No dia 2, engenheiros em assembléia aprovaram proposta da siderúrgica de 5% de reajuste e 50% dos vencimentos a título de Participação nos Lucros e Resultados. O piso salarial passou para R$ 1.850,07 (8 horas). Também foi acordado que serão compensadas horas extras e realizados convênios para treinamento e reciclagem tecnológica. Os benefícios sociais previstos no acordo terão validade até 2002. E mais, a Comissão de Conciliação Prévia será composta por dois integrantes da companhia e dois do Sindicato e o novo Plano de Cargos e Salários será discutido com o SEESP antes de ser implantado.

Dersa — Estão em andamento as negociações entre os sindicatos dos trabalhadores e a empresa.

Fiesp — A Convenção Coletiva de Trabalho foi assinada no dia 18 de maio. Ficou garantido piso salarial de R$ 1.106,00 (6 horas) e de R$ 1.475,00 (8 horas), doze dias por ano para reciclagem tecnológica e manutenção das demais conquistas.

Metrô — Prevaleceu a proposta do SEESP de manter os benefícios vigentes e discutir posteriormente o reajuste salarial, apresentada na audiência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em 24 de maio, frente à posição da empresa de vincular a reposição à perda de conquistas anteriores. O resultado foi o acordo que pôs fim à greve dos metroviários. O movimento foi deflagrado em resposta à intransigência da companhia, a qual havia ingressado com pedido de efeito suspensivo junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) contra a decisão do TRT.

Sabesp Negociações paradas. Isso tem acentuado o clima de insegurança dos funcionários quanto ao seu futuro na empresa, bem como a possibilidade de reposição das perdas salariais. Frente a isso, diariamente os engenheiros e demais trabalhadores estão realizando manifestações visando sensibilizar a empresa a deliberar sobre suas reivindicações.

Energéticas — Os trabalhadores da CPFL realizaram paralisação de uma hora no portão da empresa no dia 2, em protesto à sua proposta relativa às questões econômicas na quarta rodada de negociação, no dia 31 de maio. Não bastasse isso, em meio a esse processo, ela está "convidando" os empregados a aderirem ao PDI (Plano de Demissão Incentivada). A Delegacia Sindical do SEESP em Campinas colocou à disposição dos associados o seu Departamento Jurídico para orientá-los. No dia 8, aconteceu nova reunião de negociações. Na Paranapanema e na Tietê, essas estão em curso. A CTEEP, EPTE e Cesp ainda não se pronunciaram sobre a questão do reajuste e do PLR, o que tem dificultado as negociações. Na Elektro, a proposta é inaceitável por representar perdas das conquistas vigentes. A Comgás prorrogou por 30 dias o Acordo Coletivo de Trabalho, válido até 1º de junho.

Volta

JORNAL DO ENGENHEIRO - Publicação mensal do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo Diretora Responsável: Maria Célia Ribeiro Sapucahy; Conselho Editorial: Paulo Tromboni de Souza Nascimento, Carlos Augusto Ramos Kirchner, César Augusto Alves Rodrigues, Cid Barbosa Lima Jr., João Paulo Dutra, José Elias de Paiva Jr., Lupércio Ziroldo Antônio, Marcos Wanderley Ferreira, Paulo Augusto Soares, Rubens Lansac Patrão Filho, Newton Guenaga Filho, Carla Assed Marino de Paiva, Fernando Gomes e João Guilherme Vargas Neto. Colaboração: Delegacias Sindicais. Edição: Rita Casaro - Mtb 23.804. Repórteres: Rita Casaro, Soraya Misleh, Lourdes Silva. Diagramadores: Eliel Almeida e Francisco Fábio de Souza. Revisora: Soraya Misleh. 

SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO
Rua Genebra, 25 - Bela Vista - São Paulo - CEP 01316-901
Fone (11) 239-4022 e-mail: imprensa@seesp.org.br